sábado, 9 de agosto de 2008

Não adianta fazer planos...


...porque saem furados.

Só para que não nos iludamos pensando que o nosso futuro apenas depende das nossas escolhas, eis que Deus intervém, croupier talentoso e hábil, e nos dá uma mão cheia de nadas para jogarmos e não perdermos.


Aquela coisa de escrever direito por linhas tortas faz sofrer.


Ó Deus, logo quando mais pensamos que podemos confiar naquela pessoa e nos fazemos ao largo dessa relação, dando o que temos e o que havemos ainda de ter, o tudo por tudo porque não nos vamos estampar, algo acontece que nos faz mudar de rumo. E o vento muda tão de repente.


Mal começamos a sentir os belíssimos efeitos da calmaria da bolina...


Sim senhor, cheguei onde queria, mas que voltas tive que dar. Voltas ao estômago, sapos engolidos ainda vivos, vulgo, pequenas Humilhações.


Humilhações, não me entendam mal. Não se tratam de humilhações, porque essas só sente quem não se tem em conta.


Falo de Humilhações, não uma afronta directa a mim, mas uma afronta directa à condição feminina.


Algumas mulheres não merecem tudo o que outras, desde o princípio dos tempos, lutaram e sofreram para que hoje, nós mulheres, vivamos em pleno a nossa existência em todas as suas dimensões.


A mim humilha-me pessoalmente ver uma mulher agir com subserviência, vê-la atada de mãos e pés e amordaçada metaforicamente sem ter coragem de reagir.


Estas pessoas não pensam que o pior que lhes pode acontecer se reagirem é serem tratadas com respeito, de igual para igual?


Se vivessemos no tempo das cruzadas, eu seria o equivalente a uma Joana d'Arc: não me conformo com a desigualdade, o desequilibrio e a injustiça...


E sofro horrores quando me deparo com isto ao longe...agora imaginem quando é perto, muito perto do coração.....

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