quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sigur Rós


Campo Pequeno. Ontem. (Está a tornar-se um clássico)


Primeira parte da inteira responsabilidade de um conjunto de 4 imberbes islandeses chamados For a Minor Reflection. 3 músicas fizeram a meia hora. Mas que 3 músicas! Intensas. Pulsantes. A alma da banda? O baterista. Asseguro-vos que todos os 4 dão o litro: acredito que apenas o baixista e o baterista não tinham as unhas a sangrar no final.
Confessaram nunca ter tido a casa tão cheia (éramos aí uns 4 mil). Estavam habituados a actuar para grupos entre 20 a 50 pessoas (not). Fizemo-los felizes ontem!


Responsabilidade social, o hot topic do momento, contaram-nos que envergavam t-shirts feitas pela mão de prisioneiros islandeses e que se encontravam à venda, juntamente com o seu cd, à saída do concerto.


Segundo Acto. Sigur Rós. Os meus Sigur Rós. Vieram apresentar o novo disco. Ninguém entende lá o que eles cantam. Eles também não. Inventam uma letra em hopelandic que, acompanhando a melodia, nos invade coração, pulmões e cérebro como maré viva.


É intenso, asseguro-vos. Foram 2 horas sardinha em lata, mas que valeram a pena o deitar tarde, estar em pé, ora com calor, ora com frio, ora envolta numa névoa de fumos diversos, ora estarrecida com aquela voz que nos aquece por dentro.


Não fazendo ideia do que dizem, faz-me pensar que a linguagem que exprimem é universal, como a do Amor (ou não, mas o Mundo seria um lugar seguramente melhor se nos fosse permitido expressarmos esse Estado d'Alma sem atenuações).


Aqui deixo uma das minhas preferidas que, infelizmente, não foi contemplada no alinhamento de ontem, Samskeity do "álbão" Heim.


1 Paradigma(s) do Outro:

Paulo disse...

Só de ler isto senti um arrepio...que pena não poder ter ido.
De facto somos um povo sui generis, os Sigur, uma banda Islandesa que canta em islandes ou lá o que seja, têm o maior número de fãs, aqui, em Portugal...