domingo, 23 de novembro de 2008

la Rosa


Não me esquecerei. Desafiei-te para jantar com a graça de uma menina. Guardava uma na manga. Em boa verdade, tinha coisas combinadas, mas não me apetecia. Descartei-me atabalhoadamente. Não me levaram a mal. Respondeste à letra: nem esfusiante nem indiferente. Não me esquecerei.


Não, não me esquecerei. Aguardaste à porta do hotel. Abriste a porta à Princesa. Tinhas aquecido o banco só para mim. Mas a Princesa estava com os calores. Maduro. Confiante. Sabes o que queres e não desvias da rota. Estacionaste à porta, descontraidamente. Não me esquecerei.


Como poderia eu esquecer? La Mafia. la Rosa. Douro, pois! Ricotta e Rucola. Italiano, quando na realidade querias japonês. Guardei o trunfo nipónico para jogar em casa. Oh, não! Outra vez forro vermelho! Mas onde é que eles vão comprar estes fatos? Pediste licença para aliviar o pescoço. Sorri. O que passa na cabeça de uma mulher... Não me esquecerei.


Esquecer-me porquê? Tailândia. Massagem todo o santo dia a preço de chuva. Planos? Já? Conhecemo-nos há tanto e nunca reparei na bondade do teu olhar. O tecto ruiu. O seguro pagou. Um pomar aos 25. Ao contrário. Pode ser que lá voltemos...Não me esquecerei.


Esquecer o inesquecível? Ficou tarde tão cedo. Abriste caminho até mim. Suave. Jamais esquecerei.



2 Paradigma(s) do Outro:

Anónimo disse...

UAU

;)

Bjs
Diniz

A oitava estrela a contar da lua disse...

Simplesmente "delicioso"!!!