quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Vou sabendo de ti


A maior parte dos dias passam, passando também a oportunidade de te ligar para saber da tua vida, das tuas esperanças.


Não quer dizer que não pense em ti, muito pelo contrário.


Quase diariamente vou jantar a casa dos meus Pais e estou um bocadinho com a tua Mãe. A maior parte das vezes ela está sozinha. E fala, fala, fala. E eu sinto-me bem. Sinto que sou uma companhia que ela tem prazer em receber. Sinto que precisa de atenção e mimo e lá estou eu para isso. Gosto de a ouvir falar. Mas gosto sobretudo do respeito e admiração que ela tem por mim. Trata-me mais como amiga que como "filha adoptiva". Dá-me os melhores conselhos e respeita as minhas opções de vida, que têm tanto de invulgares como de incomuns. E eu admiro-a por isso. Falamos de ti. Sempre. Vou sabendo de ti.


Também contribuo para o Analytics visitando o teu blogue com a minha fidelidade diária. Vou sabendo de ti. Adivinho coisas que não escreves mas sentes. Vou sabendo de ti.


Ligo-te amiúde. Sempre conversas tão profundas e ricas de sentido. Orientadoras. Encaminhadoras. Hoje falámos. Hoje sou mais forte. Vou sabendo de ti.


Todos os dias da minha vida, desde que nasceste, que partilho tudo contigo. Os nossos brinquedos, a nossa Mãe, a nossa Irmã, o nosso almoço, alguns jantares comemorativos e outros tantos de "rapa tacho", os trabalhos de casa, a boleia para a escola, alguns amigos, as férias no Algarve, as birras que tínhamos uma com a outra, a facilidade com que as esquecias passados 3 segundos, a brincadeira do Restaurante do Podim, a do banho do flanzinho, as Barbies, os jogos intermináveis de xinxón, o stop, a macaca, os baloiços, o meu Pai a arrastar-te pela relva, presa pelos braços, para te tirar a areia dos pés (tal como fazia à R, ao M, à P, a mim e até à maluca da S). Tenho saudades desses tempos. Nem tu sabes quantas.


Sentimentos, sensações, esperanças, sonhos e futuro partilhados. Vou sabendo de ti. Um pouco todos os dias. Muito devagarinho. Até ao dia em que formos muito velhinhas, desdentadas e esquecidas. Tão velhinhas que só nos vamos lembrar de quando éramos crianças. Até mesmo depois que Deus nos leve. Até aí...


...vou sabendo de ti...


Nos entretantos, vamo-nos estrampirando por aí, nas nossas tão amadas corridas! Até sábado, minha Irmã!


2 Paradigma(s) do Outro:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
O Eu da Filipa disse...

Obrigada, por saberes e cuidares de mim. Por seres minha e eu tua.
Por me amares e eu a ti.
Por viveres no meu coração para sempre.