terça-feira, 11 de março de 2008

Louvor à Coragem de C


- Oh, Ricardo, epá, desculpa lá, mas eu tenho de te dar dois beijinhos!

- [deve ter oferecido a face para ser osculado]

- Sou tua fã!

- Deixa lá, que isso passa-te!

- Talvez, quando fizeres alguma coisa má...

...


E sim, acredito piamente que ele deve ser bem mais giro ao vivo e a cores...mas há uma aura que me atrai nele, mais ainda que apenas a beleza física inegável, é um facto, embora he's just not my type: a sua soberba cultura, as bases sobre as quais ele ganha alento para ridicularizar, estereotipar e sobretudo, a capacidade aparentemente natural de se colocar humildemente na posição do palerma que finge que não sabe o que disse e o que fez para merecer tamanha admiração por parte do público.


Diria até que faz precisamente o contrário de Herman, que sempre foi o ícone do humor em Portugal, até ao dia em que, do alto da sua presunção, assumiu uma posição de Intocável. O povo português não gosta de snobs armados ao pingarelho. O povo gosta é da falsa modéstia.


Eu cá sempre amei tudo o que ele fazia, até ao dia em que começou a insistir nos talk shows da treta... Faz parte da minha infância e adolescência: quantas passagens de ano não nos acompanhou? Quem não se lembra da Pensão Estrelinha? Quantas deixas não sei eu de cor do Casino Royal ou do Tal Canal?


- Cáchuchô, us méux jáquinzíniós!

- Vá pra casa da mamã!

- Não és cápáx dê dizér issó quinientás vêzêx!

- Vá pra casa da mamã!

- Um...

- Vá pra casa da mamã!

- Dóix...

...

- Vá pra casa da mamã!

- Quatrrrroceintõx e nôventá e nóvé...



Enfim, Ricardo é de momento um fenómeno de massas (eu incluída, infelizmente, que eu cá odeio grupos, manadas, enxames, carneiradas). Temo pelo seu futuro e pela sua capacidade de se reinventar, quando os formatos já estiverem mais que esgotados, inférteis.


But, I hope I'm all wrong! Long live...


Aqui ficam uns quantos links para apreciar a face oculta e a face visível:















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