terça-feira, 29 de julho de 2008

O Concerto do Ano

"Parece exagero! Só mesmo tu, I, para achares que uns parvalhões noruegueses foram o melhor concerto do ano...Então e Cure? Então e Muse?"
Aqui vos apresento o meu grilo falante (aos mais jovens de espírito) ou o meu alter ego (aos mais maduros). De qualquer forma, sempre disse que tinha duas: a verdadeira, que só eu conheço, e a outra que, não sendo farsa, é como água: adapta-se ao Outro.
O Grilo contrapõe os dogmas do verdadeiro Eu. Freud explica (embora Sigmund não tenha a mínima noção do que seja ter um coração puro, motivo pelo qual, as suas teorias, na minha modesta opinião, apenas são aplicáveis a episódios de loucura, psicose ou mesmo neurose muito extremos).
E a Verdade, Meus Senhores, é que um concerto não é apenas uma banda e as luzes, o talento e a nossa admiração a pulular.
Um bom concerto tem tudo a ver com all of the above mas, acima de tudo, tem tudo a ver com contexto. É como o Apaixonar-se.
Os dois rapazes da Terra do Bacalhau vieram apenas acompanhados das suas belas guitarras, dois travessões, dois microfones, dois bancos, um piano de cauda, um violinista alemão e um violoncelista italiano (estes últimos apenas para alguma eventualidade). Ah, e palhetas!
Já tinham vindo a Portugal. Mas desta vez foi especial. Contextualizaram-nos no Forte da Cidadela, junto à brisa carregada de maresia, numa noite quente de Verão, com um público que respeitou cada momento intenso de silêncio comovido e que acompanhava as ondas das músicas sentidas ao ritmo da batida dos seus corações.
Foi mágico! Só conhecia uma música. Uma única música. Estar ali foi uma casualidade:
- não fosse o meu colega da Associação Recreativa ter colocado o sei iPod a carregar no meu desktop e de seguida ter sincronizado o meu;
- não fosse tê-los lá guardado uns bons meses até estar em passeio junto ao mar e me ter lembrado de ver afinal o que é que aquilo era;
- não fossem eles tão o meu estado de espírito naquele passeio.
Amei todas as outras.
A meio do concerto, o Nerd avaria a sua guitarra e passa mais de metade do concerto a improvisar. É assim que se vê o verdadeiro talento. Quando tudo estava contra o sucesso, eis que o seu enorme talento veio ao de cima para encher os nossos tímpanos de ricos sons de mouth trumphet, de notas roubadas ao acaso no piano estilo jam session.
Foi o azar mais sortudo do mundo. Valeu-lhes a minha devoção.
Já tenho todos os discos no meu pc. Já os ouvi a todos no Domingo de manhã, o meu "tempo" preferido, deitada no meu sofá a curtir o som, na companhia da Luna dos meus olhos.
Aqui deixo uma coincidência feliz...





I'd rather dance with you than talk with you

So why don't we just move into the other room

There's space for us to shake, and hey, I like this tune

Even if I could hear what you said

I doubt my reply would be interesting for you to hear

Because I haven't read a single book in years

And the only film I saw, I didn't like it at all

I'd rather dance,

I'd rather dance than talk with you

I'd rather dance,

I'd rather dance than talk with you

I'd rather dance,

I'd rather dance than talk with you

The music's too loud and the noise from the crowd

Increases the chance of misinterpretation

So let your hips do the talking

I'll make you laugh by acting like the guy who sings

And you'll make me smile by really getting into the swing

Getting into the swing, getting into the swing

Getting into the swing, getting into the swing

Getting into the swing, getting into the swing

Getting into the swing, getting into the swing...

(Getting to the swing...)

I'd rather dance,

I'd rather dance than talk with you

I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you

I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you

I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you

I'd rather dance with you I'd rather dance with you

I'd rather dance with you

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