segunda-feira, 14 de julho de 2008

Control de Anton Corbjin


Um convite inesperado para ver um filme ao Nimas. Fui logo espreitar o que seria...hum, Joy Division...Claro que sim!


A minha relação com esta banda mítica começou, como tantas outras, através do meu grande ex-amigo B. Era através dele e das suas pesquisas que eu ecnontrava alguma música que amava. Amava? Não, amar é pouco. Aquelas músicas construiram-me até hoje.


Pela sua mão sapuda mas de uma enorme destreza, conheci pérolas como Lhasa, Hedningarna, Belle and Sebastien, dEUS, Massive Attack, Tricky, Portisheads, Proppellerheads, Radiohead, Tindersticks, J. J. Johansen e Joy Divison (só para rematar porque ficaria aqui a tarde inteira).


O filme? Ah, pois, o filme!


Fabuloso. De deixar um nó na garganta. A luminosa prestação da Samantha Morton é de ir às lágrimas. No wonder que os U2 a tivessem escolhido para o vídeo do Electrical Storm.


O filme? Ah, pois, o filme!


O actor que faz de Ian, é na verdade o próprio Ian. Ou então o seu sobrinho gémeo. Não é possível que sejam tão parecidos sem dedo de genoma nisso. Até dançam igual. Perdoem-me os dançarinos deste mundo. Aquilo não era dançar. Era ter um pré ataque de epilepsia. Mas, Graças a Deus, sem espumar.
Compreendo o Ian. Vivo apenas uma pequenina parte da sua vida em mim.


Desenvolvi uma teoria algo recente sobre Great Minds. Not only think alike, mas o mais importante é que um génio, um talento, um dom quando é infinito e intemporal e recai sobre um ser humano, esse ser não consegue ser, realizar-se, através de qualquer outro plano da sua vida que não seja Aquele em que é realmente bom, em que é O melhor.


Conheço B, cujo maior dom era o pensar e nunca sentir.


Conheço T, cujo maior dom era pensar o sentir.


Conheço A, cujo maior dom é a ausência do sentir.


Conheço-me a mim, cujo maior dom é sentir e nunca pensar.


Para o Ian, o maior dom era a escrita, a composição de lindos poemas que iam espelhando as suas vivências de uma forma tão cristalina que apenas quem vive um bocadinho da sua angústia é capaz de compreender.


A música, naõ sendo um dom, era apenas um veículo. E ele dava. Deu tudo de si.


But love will tear us appart...again


1 Paradigma(s) do Outro:

Anónimo disse...

Lhasa?!

E eu que pensei que mais ninguém tinha a dádiva de conhecer Lhasa!

Pronto é exagero meu, mas na verdade eu não conheço ninguém (pessoalmente) a quem este nome diga alguma coisa.