quinta-feira, 29 de maio de 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Rock in Rio
Paradigma de IV às sexta-feira, maio 23, 2008 2 Paradigma(s) do Outro
sexta-feira, 9 de maio de 2008
My Blueberry Nights
Corte Inglês, 21h30m. Cheguei antes, como sempre e, para adiantar serviço, dirigi-me à bilheteira e comprei dois bilhetes (para variar). Esperei, andando em círculos no local combinado. Nunca mais chegava. Senti-me observada. Quando ela finalmente deu o ar de sua graça, comecei a questioná-la se seria das meias de riscas horizontais coloridas. Respondeu-me segura que não. Sou eu que sou vistosa. Mas como? Estive a trabalhar às 21h10m, pelo que se havia dia em que nunca poderia estar vistosa seria ontem. É comovente constatar que as pessoas que nos gostam nos vêem com olhos plenos de generosidade.
Jantámos um frugal conjunto de alimentos. Dirigimo-nos à sala e já tinha começado aquele que seria um dos mais belos filmes que já vi.
A fotografia é espantosamente "indie". Estranho é ver um filme diferente com actores populares. Um desfile de celebridades, se não vejamos: Jude Law (até meticulosamente despenteado, ranhoso e vestido à freak consegue fazer sobressaír o seu talento da sua infindável beleza física), Rachel Weiss (para mim, uma das actrizes mais sensuais de todos os tempos, vá pronto, a seguir à Sofia Loren, já que ninguém bate esse Mulherão, nem aos 80 anos), Natalie Portman (uma das minhas actrizes favoritas, com o melhor sotaque sulista) e a angelical Norah Jones (cuja banda sonora arrepia de tão adequada e cuja prestação como leading actress surpreendeu pela franqueza da interpretação de um papel que podia ser a história da sua própria vida).
Nem dei pelo tempo passar. Adorei cada milímetro de fita. Amei a companhia. E aprendi que podemos estacionar no parque porque é gratuito para quem apresenta o bilhete de cinema. Nunca mais estaciono no sítio do costume, ainda por cima aquilo agora está em obras e à noite assusta um bocadinho.
Obrigada por me teres ido levar ao carro. Obrigada por teres adivinhado que queria mesmo ir ver esse filme e que não teria companhia tão cedo.
Obrigada por me deixares partilhar contigo um segredo antigo.
I wish I could be trustworthy to you too.
Paradigma de IV às sexta-feira, maio 09, 2008 1 Paradigma(s) do Outro
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Desenamorar-se...
O espelho do compasso de um coração desenamorado.
Parece triste para alguns, o viver sem aquela chamazinha interior que parece "arder sem se ver". Parecia para mim, pelo menos. A maior tristeza de todas. Mais triste até que a própria Morte. Porque as pessoas que morrem estão seguramente naquela paz infinita que nós, os vivos, jamais conseguiremos almejar. A sua alma vive. Viverá sempre. E isso é um conforto para nós que ficamos nesta luta, mas que nos sentimos abraçados e acarinhados por essas mesmas almas que amamos.
A tristeza infinita, o fogo desse Inferno interior, foi o de ter provado a outra parte da minh'alma e o anticlimax de a ter perdido, como areia fina e branca entre os dedos. E o de não ter conhecido a culpa, nem o culpado a quem julgar e executar a pena capital, para vingar o ter perdido para sempre a quem mais quis na vida.
Vivi esta solidão intensamente. Vivi cada segundo de vida na esperança de que aquele farrapo d'alma se recompusesse e num ápice, retornaria à consciência última. E retornaria a uns braços cansados de estarem erguidos à sua procura, à sua espera há uma eternidade. Mas estariam para sempre abertos. Cansados mas orgulhosamente abertos. A minha cruz sem pregos. A cruz da vontade. A cruz da Fé.
Um dia acordei interiormente. Procurei os braços. Não estavam exaustos mas inteiros. Meus e de mais ninguém. O cansaço da (des)esperança dissipara-se sem que desse conta? O coração que pulsara em trabalhos forçados teria sucumbido? Ter-me-ia habituado às correntes que agora não mais sentia? Estariam ainda lá? E esta Paz? Meu Deus, que é este respirar a plenos pulmões? Que é esta ausência de pensamentos vocacionados à sua alma?
Sou Eu! Sou Eu também! E que bom que é ser-se Livre.
Que bom que é acordar uma Alma que entende que o Amor Incondicional vive por si, criado e nutrido pelo Eu e não por causa do Outro. Esse Amor existe porque o Eu tem a capacidade infinita de O sentir. O Outro é um mero alvo. Nada tem de tão extraordinário e insubstituível.
É meu. O Amor é mEu.
Paradigma de IV às quinta-feira, maio 08, 2008 2 Paradigma(s) do Outro
segunda-feira, 5 de maio de 2008
FDS ecléctico
ecléctico adj. s. m.
ecléctico do Gr. eklektikós, que escolhe
adj.,
relativo ao eclectismo;
s. m.,
partidário do eclectismo.
eclectismo s. m.
eclectismo
do Gr. eklektimós
s. m., Filos.,
tendência filosófica que resulta, em geral, do conflito de culturas e do embate de ideias, e que leva a escolher em cada sistema o que parece mais consentâneo com a verdade;
doutrina que se caracteriza pelas infiltrações de outros sistemas filosóficos e pela falta de originalidade e de coesão.
Portanto, quer isto dizer que, quando se fala num gosto de muito ecléctico, significa que, no fundo, é tudo uma verdadeira salganhada. Ou seja, não tem preferência nenhuma e goes with the flow.
Paradigma de IV às segunda-feira, maio 05, 2008 0 Paradigma(s) do Outro