quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Red ´


Vermelho. E não encarnado. Vermelho. Cor de liberdade. Cor de luta. Cor de sangue. Cor de fogo. Fogo que consome. Consumo de Alma. Alma que voa. Voando como pena. Pena leve. A insustentável leveza do ser.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Evening by Lajos Koltai


«The love which binds mother and daughter - seen through the prism of one mother's life as it crests with optimism, navigates a turning point, and ebbs to its close. Overcome by the power of memory, Ann Lord reveals a long-held secret to her concerned daughters; Constance, a content wife and mother, and Nina, a restless single woman. Both are bedside when Ann calls out for the man she loved more than any other. But who is this "Harris," wonder her daughters, and what is he to our mother? While Constance and Nina try to take stock of Ann's life and their own lives, their mother is tended to by a night nurse as she journeys in her mind back to a summer weekend some fifty years before, when she was Ann Grant, a young woman who has come from New York City to be maid of honor at the high-society Newport wedding of her dearest friend from college, Lila Wittenborn. The bride-to-be is jittery, and turns to her maid of honor rather than her own mother for support. Ann stays close to her friend, yet is even closer to Lila's irrepressible brother Buddy. Unexpected feelings surge forth once Ann meets wedding guest Harris Arden, a lifelong friend and intimate of the Wittenborn family. Ann's love for Harris will change her life, and those of her daughters, forever. Written by Focus Features »


"There's no such thing as a mistake". Ainda me assusto com as felizes coincidências. É preciso uma grande dose de sensibilidade para apreciar este filme, um tanto ou quanto parado, mas extremamente rico, em que cada plano enquadra emoções profundas, estados d'alma.


Só não compreenderá quem não vive um grande Amor. "I still remember your stars."

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Bullet Proof...I wish I was (Radiohead)


O maior elogio que alguma vez me fizeram foi dizerem-me que a minha integridade era à prova de bala.


O contexto, embora não abonasse a favor do "Elogiador", deixava transparecer uma certa tensão no conflito iminente. Dois adversários. Um, que lutava pelos direitos dos trabalhadores e, não menos importante, pelo bem-estar da classe mais desfavorecida e o outro, que encobria e conspirava a favor da entidade patronal e nos custos que daí advinham.


Propunham-me uma venda nos olhos e uma assinatura que jurava falso.


Recusei, firme e peremptoriamente. Não tinha quaisquer dúvidas morais. Ganhei a batalha. Estava muito orgulhosa do meu feito e muito certa de que tinha ganho a guerra da Morailidade.


Mas a guerra continuou.


Tudo o que nos acontece na vida tem um sentido se formos suficientemente humildes para sermos permeáveis à aprendizagem que daí decorre. Na vida, a aprendizagem não passa para o nosso Eu por osmose.


Por piada, um grande amigo dizia que a felicidade estava em dormir com o livro debaixo da almofada e acordar iluminado, como se o conhecimento tivesse passado pelo simples toque entre a capa do livro e o escalpe da sua brilhante cabeça.


A aprendizagem, quando é verdadeiramente assimilada como parte da crítica massa cinzenta deixa marcas profundas, as chamadas tatuagens da alma.


A cada dia, os meus dogmas morais estão constantemente a ser ensaiados, com testes de ductibilidade e fadiga. Uns são ensaios destrutivos, outros menos destrutivos, quase sempre edificantes.


E os ensaios da peça que é a nossa vida mais não são que a troca de meras variáveis, condicionantes da grande Equação Moral. O Ser Superior diverte-se a encenar, mexendo, brincando e orquestrando os instrumentos que compõem a sinfonia melódica. Os músicos são as mãos de Deus.


Os instrumentos, esses cortam, suturam, agrafam, infectam. Será que Ele não vê que o hematoma fica também nos seus dedos? Será que ele Vê? Serão os nossos os Seus olhos?


Se os Seus olhos forem um bocadinho dos meus, Ele precisa de um doutor, pois que ultimamente os meus olhos choram torrentes de sangue...


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Closer



I've had enough of this parade.
I'm thinking of the words to say.
We open up unfinished parts,
Broken up, it's only love.

And when I see you then I know it will be next to me
And when I need you then I know you will be there with me
I'll never leave you...

Just need to get closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now,
closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now.

Keep waking up (waking up), without you here (without you here).
Another day (another day), another year (another year).
I seek the truth (seek the truth), we set apart (we set apart)
Second glance, a second chance.

And when I see you then I know it will be next to me
And when I need you then I know you will be there with me
I'll never leave you...

Just need to get closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now,
closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now (lean on me now).

And when I see you then I know it will be next to me
And when I need you then I know you will be there with me
I'll never leave you... just need to get...

Just need to get closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now,
closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now (lean on me now).

closer, closer... closer, closer.


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Corrida do Tejo


Havia já muito tempo em que pensava participar num evento deste género.

Então, inscrevi-me sob nome de código para a Corrida do Tejo, tendo como principal objectivo ficar entre os 7000 melhores (éramos 8500 "atletas", note-se). O segundo grande objectivo, era nunca parar de correr, por mais lenta que fosse a cadência.

Concretizei o segundo objectivo e superei o primeiro: fiquei em 5942º lugar, com direito a medalha e tudo!

Nos meus "treinos" semanais, o máximo que tinha conseguido correr até ontem eram 7,5 Km em plano.

Ontem, venci a altimetria e a distância. Sinto-me bem!

Contudo, apesar de esta ser uma história de concretização pessoal, queria partilhar uma outra história dentro desta.

Nos primeiros quilómetros de corrida, passei por um Atleta muito especial: corria com grande esforço, com a coluna desviada do centro de gravidade para a esquerda, os pés quase a arrastar alcatrão fora, movendo-se em passinhos de gueisha. Era decerto um deficiente mental.

O pior tempo da prova foram 2h08min.

Quero acreditar que o Atleta chegou ao fim e que este foi o tempo que demorou a terminar a odisseia a que se propôs, exemplo vivo de que, por mais ambiciosos ou mesmo impossíveis que pareçam os nossos objectivos, para os atingirmos só precisamos de continuar a acreditar.

A Fé é o alento dos Sonhadores...

Mais informações em www.corridadotejo.com

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Pi r quadrado


Hoje conheci um espaço magnífico, onde estudantes de qualquer idade se sentem à vontade para esclarecer as suas dúvidas, metafísicas ou não.

O espaço convida a um ambiente informal, onde as pessoas são tratadas na segunda pessoa, sem grandes formalismos, por forma a que, também os alunos, se sintam próximos das matérias.

O nome do centro de explicações é (quem me dera conseguir inserir símbolos matemáticos aqui) «Pi érre ao quadrado», nada mais nada menos que a fórmula mágica para o perímetro da circunferência.

Nunca perguntei em honra de quê ou de quem, mas suponho que o gosto pela matemática (ia dizer pelos números, mas a nossa Análise Matemática mais parece uma cadeira da Faculdade de Letras) foi-nos incutido pelo melhor professor que alguma vez tive na Vida: o Prof. Taborda.

A ele, um Bem Haja!

Proporcionou-nos um semestre de prazer no estudo, de convívio entre colegas de turma (e não de curso) e também de uma amizade que ainda hoje perdura, mesmo sem ter sido regada durante anos!

A visita teve direito a almoço "familiar" e a conhecer mais um pouco da vida daqueles que pensei ter deixado para trás.

Engraçado que, quando pensamos ter conhecido quase tudo sobre as pessoas, vimos a descobrir mais 4 ou 5 peças que compõem o puzzle comportamental!

Pa5ra os interessados, aqui fica o link:

http://www.hotfrog.pt/Empresas/PI-R-Quadrado-Centro-de-Explicac-es-Lda

terça-feira, 16 de outubro de 2007

97% parecida com a Scarlett

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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Design de Interiores


Queria aproveitar este pequeno espaço de opinião para expressar um bem-haja a iniciativas como a Casa Décor!


Não se aguenta mais o mediatismo da Intercasa com a sua Casa Ideal, que por algum motivo é a Ideal = Inacessível ao comum mortal, contudo pensada ao milímetro para ser admirada pelo Povo, como o devoto que vai à Pena apenas para prestar culto à cama de dossel da Rainha.


O evento em apreço obriga-nos a enquadrar as ideias do criador na cidade que amamos tanto, acção preventiva para os crimes de urbanismo e de falta de gosto a que assisitimos com frequência.


Há espaço para cultivar os sentidos que mais valorizo (a Visão e o Tacto, tudo o resto, pode Deus levar), para a imaginação, para interpelarmos os criadores junto das suas obras, mas, sobretudo, para Sonhar.


Queria também aproveitar para aqui deixar uma palavra de gratidão pela pessoa que me resgatou, levando-me pela mão a um verdadeiro passeio de sábado.


Para mais informações, por favor consulte o link


sexta-feira, 12 de outubro de 2007

De regresso...

Longo tempo passou desde que a minha mente iniciou as suas lides solitárias, apartada do espírito. A minha criatividade voo como um balão prenho de ar quente que se desprende da mão de uma criança.


Esta semana, esse mesmo espírito, outrora adormecido com a anestesia rotineira do sofrimento, acordou, reanimado com a força motriz inexplicável das memórias. O balão voltou insuflado de um ar abrasador, capaz de levar a criança céu acima, pelo espaço sideral.

Que é como quem diz, PV = nRT (Equação dos gases perfeitos). Ora se a Temperatura aumentou e muito e se n (número de móis, como dizia um amigo do coração) disparou então, dada a relação linear entre estas 5 grandezas, assim aumenta o Volume e a Pressão.

Em mim vive agora o desassossego das moléculas animadas de spins, o que nos leva a uma das leis da termodinâmica: a chamada Teoria do Caos.
Gosto especialmente de pensar que a teoria do caos se aplica a tudo quanto é vivo, seja ele mistura homogénea ou heterogénea, líquida, gasosa ou sólida, bebida, comida, brinquedo, céu e mar.

Voltarei a versar sobre o assunto. Hoje quero apenas que aqui fique a marca dos felizes enganos...para a posteridade.