segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Casar ou não Casar, eis a questão?


Antes, quando não havia namorado, A pergunta era:

- Então, e para quando um namorado?


Agora que tenho e, muuuuuuuuuuito lentamente, começo a apresentá-lo e a levá-lo comigo a jantares, A pergunta, mal me apanham sozinha é:


- Então, e quando é que te casas?


Pois. A minha pergunta é:


- Mas porquê?


Porque é que raio as pessoas têm de se casar? Porque é que o passo seguinte a um namoro firme é o casamento? Porque é que as pessoas assumem que O caminho a seguir é o casamento? Mesmo as que não casaram?


Ora deixem-me que me debruce sobre este assunto.


Sou romântica. Aqui me assumo. Não sou uma pedra imune a sentimentos. Antes pelo contrário, tenho-os à flôr da pele. E sou frágil, por isso.


Mas nunca me imaginei vestida de noiva. Nunca sonhei com o dia do meu casamento. Nunca achei que um papel, um contrato, mudasse alguma coisa no Amor.


O Amor é o mais importante.


Ora, sigam-me aqui: se o Amor existe, para quê contratualizá-lo? É preciso que um papel ateste que as duas pessoas se amam? É preciso um papel para que os outros aceitem um Amor?



Ou é o estatuto, género, sou casada, atingi "aquele" patamar, tenho um homem que é "meu", marcado com a "minha" aliança. Ah, e também uso o anel de noivado, só para mostrar que também existiram momentos românticos na minha vida, como O momento perdido no tempo, em que ele propôs casamento.


- Bem, mas então és contra o casamento?


- Nim.


O casamento mata o Amor. Asfixia-o. Contratualiza-o. Objectifica-o. Torna-o uma obrigação. Ainda por cima para a vida. A menos que se case pela festa. Pelo vestido. Pelos presentes. E se assuma.


O casamento convencional. O casamento entre duas pessoas que vêm o casamento como um objectivo em si e não uma etapa. As pessoas que o usam para tudo o que foi descrito acima.


Mas eu? Eu tenho Fé é no Amor. No trabalho duro que é fazê-lo durar. Fazê-lo crescer. Todos os dias. A cada instante.


Não preciso que um contrato mo lembre. Está na minha To Do list diária e deve ser tão natural como lavar os dentes a seguir às refeições. Estilo medida preventiva contra as cáries, only this time é preventiva contra o Morte do Amor.


Não acredito no casamento pelo civil. Perdoem-me as(os) minhas(meus) amigas(os) que deram o nó em frente ao notário. Isso é apenas um contrato. Um negócio.


Acredito no casamento aos olhos de Deus. No sacramento. Nos votos.


Só não acredito que, lá porque Deus abençoou, vamos lá descansar à sombra da bananeira que Ele vai fazer com que isto dure ad eternum.


Por isso, o Homem que me pedir em casamento, mais importante que dizer o sim, terá de comprometer-se com o trabalho árduo de transformar as palavras em realidades. A cada dia. Todos os dias. Até que a morte nos separe.


E, se alguma vez me ouvirem dizer Sim, é esse o sim a que me acometo. Seja na Igreja. Ou seja em Privado, sussurrado ao ouvido.


Porque a felicidade é uma escolha.





quinta-feira, 27 de agosto de 2009

The Ugly Truth


Um filme sem pretensões. Descontraído. Sem apelo à lágrima.

Adoro a Heigl. É a minha preferida da Anatomia de Grey.

E adoro a minha companhia para este filme. Jantámos. Rimos. Conversámos.

E ainda lambemos vidraças.

Muito bom!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

5 meses




"- Amor, amo-te tanto!


- Não amas nada. Tu só me queres para o sexo."




Who's who?




terça-feira, 25 de agosto de 2009

Um azar nunca vem só...


Praia da Comporta, Domingo. À pinha. Estacionámos o carro na estrada que vai para Tróia. À vinda, um estupor decidiu fazer-nos comer pó, rodando os pneus do seu Matiz com vigor na terra batida.


Como se isso não bastasse, tinha acabado com a garrafa de litro e meio de água e estava, como direi, aflitinha para ir à casa de banho. "Não te preocupes", diziam elas, "que à entrada da autoestrada há logo ali uma bomba". Mas em chegando ao começo da autoestrada a placa dizia 10 km...e eu tive mesmo de parar na berma, com os 4 piscas ligados.


Foi a risota total. Pedi-lhes desculpa pelo sucedido, but one's gotta do what one's gotta do. Meto-me novamente à estrada, fazendo o pisca e vendo se a faixa estava desimpedida. Estava.


Íamos nós ainda a gozar com o sucedido, eis se não quando, pela visão periférica, vejo um carro à minha esquerda, aproximando-se perigosamente da minha porta. Pensei "será que deixei o porta-bagagens aberto?". Vai de olhar para o retrovisor. Tudo ok.


Olhei. Era um homem gesticulando ferozmente e abalroando-me sucessivamente para a berma, abalroanços esses dos quais me safei com uma valente guinada à direita, até que me ultrapapssou e começou a travar perigosamente à minha frente, fazendo com que todos os carros atrás de mim abrandassem, colocassem os 4 piscas e apitassem.


Ultrapassei-o, mas ele seguiu-me mais uma vez e colocou-se à minha frente novamente a travar, enquanto fazia gestos que prometiam um valente enxerto de porrada. A sua mulher fazia gestos para o acalmar. Reparámos que iam duas crianças no banco de trás. Os meus institntos falaram mais alto. De repente, meti o pisca para a direita e parei, enquanto ele seguia em frente, danado. Esperámos aí uns 5 minutos.


Voltei à estrada e muito mais à frente lá estava ele a andar muito devagarinho, provavelmente à minha espera. Não deu pela minha ultrapassagem completamente incógnita entre dois carros discretos.


Chamámos a polícia pelo telefone. Disseram-nos que não podiam fazer nada enquanto não ocorresse qualquer coisa mais extraordinária. Tipo morrermos todos (nós, as 3 miúdas, e mais a família dele) na autoestrada, à mercê de um cabrão de mal com a vida. Podíamos, no entanto, apresentar queixa.


Assim que chegámos, dirigimo-nos à Superesquadra da Alta de Lisboa. Muito solicitos, os PSP iam tomar nota, mas antes, a minha advogada privativa disse-me que o animal iria ter acesso ao processo e, com isso, aos meus dados. Trata-se, claramente, de um desequilibrado que ainda poderia colocar a minha vida em risco. E depois, se ele arranjasse o argumento certo e algumas testemunhas, nada ficaria provado e estaria eu a perder anos de vida, em nome do civismo.


Nada que eu pudesse inadvertidamente ter feito justifica a animalidade de que fui (fomos) vítima(s).


Tenho 6 meses para me queixar. Não sei se o farei. O meu sentido de dever diz que sim. O meu sentido de auto-protecção diz que não.


PS - Se ele fosse meu marido, já eu estaria inscrita num daqueles programas que acolhem mulheres maltratadas.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vicky Cristina Barcelona


Ir suar as estopinhas e correr uma horinha ou alugar um filme e vê-lo refastelada no meu sofá?


Epá, o melhor é admitir que o meu corpo mudou mesmo, que nunca mais na vida terei menos de 50 kg, que a celulite é sinal de mulher saudável e normal, que já não posso ajavardar-me em doces sempre que me apetece, que a comida italiana é boa, sim senhor, mas apenas uma vez por mês e que tenho mesmo de iniciar uma prática regular de exercício físico e não lembrar-me de Santa Bárbara só quando faz trovões.


Ainda pensei em usar o cartão da ZON TV Cabo, mas depois, como sou uma mulher tradicional, fui mesmo ao Blockbuster e peguei nesta pérola de Woody Allen.


Lembrava-me que, na altura que o filme estava nos grandes ecrãs, havia pessoas com opiniões muito díspares. Uns amaram, outros detestaram, de entre fãs "quase" incondicionais do Woody.


Ora, eu venho aqui afirmar peremptoriamente que é um grande filme. Não é o que eu acho. É mesmo aquilo que ele é, característica intrínseca.


Talvez seja por ser do contra, mas assim como um dos filmes que mais gostei do David Lynch é o The Simple Story, por ser tão simples (dah), mas tão profundo e tão diferente de tudo o que ele fez para trás e para a frente, consigo estabelecer um paralelo entre estes dois filmes e estes dois realizadores.


A ideia é filmar as coisas como acontecem na realidade. Sem fantasia. Sem opiniões (apesar de no caso do VCB haver um narrador - típico do Woody). Não tendencioso. Não exagerado nos estereótipos.


A Vicky era uma mulher normal (no sentido de Gauss, mais quantidade de mulheres pensam como ela). A Cristina, dentro da anormalidade, sofria na mesma os seus dramas interiores, não de intolerância, mas de exagerada tolerância. A Maria Elena, essa sim, posso admitir que é inprovável que exista na vida real. O Juan Antonio, um artista nada extravagante, como costumam ser "pintados" os boémios europeus pelo púdico average american.


Amei. De tão real.




quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Life's Good...


Ora o que é que se poderia esperar de uma marca de electrodomésticos com este nome?


E se se trata de uma marca de electrodomésticos, porque raio é que eu fui comprar um telemóvel LG?


Menos de dois anos depois (muito menos), descubro que o referido telemóvel, leia-se LG KG800, vulgo, chocolate branco, não só não tem memória nenhuma de armazenamento de dados (muito importante quando se pretende guardar pérolas de sms, ou os vários aniversários), como também não dá para consultar os contactos enquanto se está em chamada, como também, last but not least, a bateria não dura nem 1h em conversação.


Por estes motivos e mais alguns, a bateria está a dar o berro, ou o peido mestre (uma caricata expressão que sempre me fascinou), dado que só consigo falar 5 minutos se o telefone estiver a carregar.


Hoje vou ter uma conversinha com os senhores da Worten Mobile do Vasco da Gama, ai vou vou!


Amanhã, posto o resultado.
Em vez de Life's Good a marca devia mas era chamar-se Life Sucks.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Regressar de férias...


...é a tarefa mais hercúlea que me podem assignar.


E hoje teve de ser. O despertador tocou. Fiz uma onomatopeia que traduzia na perfeição "Eu não acredito!" e logo dois braços ternurentos vieram condoer-se de mim e abraçar-me para não largar. Ao fim de 5 minutos, lá me desenleei, enquanto esses mesmos braços continuaram o seu descanso.


Ai, se a inveja matasse!


Começo a pensar que algo vai mal...talvez este trabalho já não me preencha. Tenho mesmo de procurar ter prazer naquilo que faço e orgulho nas pessoas com quem trabalho.


E isso passa por redefinir até o sentido da minha "carreira".


Vou pensar, até fritar os miolos, numa forma de me preencher. A vida que levo cada vez menos me satisfaz.
Sempre com horas contadas para tudo, menos para as coisas que nos dão prazer.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ringing in my ear...


This sentence's been ringing in my ear lately:


Work as if you need no money

Love as if you've never been hurt

Dance as if nowbody's watching


Specially the first part. As for the other two, been there, done that.