quarta-feira, 24 de junho de 2009

Jimmy Choo na H&M


Oh, Meu Deus! Parece que a partir de Novembro vamos poder comprar uns Jimmy Choo na H&M! A primeira da fila: euzinha!


terça-feira, 23 de junho de 2009

3 Meses


...e, de surpresa, um presente escondido no travesseiro: um menino - ele -, um bouquet de corações - o nosso Amor - e uma mala de viagem: de um lado Paris, do outro uma palmeira de um qualquer país tropical - República Dominicana, sem sombra de dúvida!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Évora ou Inferno


Há muito que sabia que ia ter um baptizado no dia 21 de Junho em Évora.



Como sempre, preocupei-me com o vestido, a pulseira, os sapaticos, a côr da unha, os brincos, a lingeire, o presente para o bebé. Não faltou detalhe nenhum.



Combinei com Mamãe e Papai a hora a que passaria chez ils para os ir buscar, cerca de meia hora mais cedo que o necessário, para ainda podermos ir a casa da Prima R ver a menina a ser vestida pela Madrinha, nada mais nada menos que a Minha Mana P.



Ora pois então, 09h31 e eu nos sinais do Entreposto, a dizer mal à minha vida, que Papai nunquinha iria perdoar os 2 minutos de atraso que já levava. Mas perdoou. Mamãe recusava-se a entrar num carro tão sujo, ao que tive que explicar com modos menos bons que não trabalhava em nenhum escritório. As obras (lá está, por serem obras) não estão ainda terminadas, pelo que existe uma coisa, ou melhor, duas coisas chamadas pó e lama que, pasmem-se, vêm agarrados aos pés e aos pneus do carro, quando acontece a coisa estranha de termos de sair da voiture para participar em reuniões, ditas, de obra.



Bom, passada que estava esta fase animada do dia, em que eu, completamente empinocada me dispus a sacudir o tapete de Mamãe, passei à fase seguuinte da escolha do itinerário. A Vasco da Gama estava parada desde os Ralis. A 25 de Abril parada estava por causa dos "Veraneantes". Só há mais duas alternativas: ou um tapete voador ou, pasmem-se, Vila Franca.



Optámos pela opção (passo o pleonasmo) mais realista e decidimos rumar ao Porto Alto (diz que tem lá uma bela de uma marisqueira).



Tivemos a notícia em primeiríssima mão que a Madrinha estava literalmente parada à entrada da Vasco da Gama, por causa de uma tal de "Bike Tour". Oh, Meu Deus! A Prima R nunca iria perdoar "mais esta".



Eis se não quando chegados à Vila que diz que é Franca, mas nunca percebi muito bem este conceito, apercebemo-nos que também por ali se passeava a "Bike Tour".



E perguntam ustedes, dilectos leitores, mas o que é essa "Bike Tour"?



Pois....a "Bike Tour" é mesmo isso, milhares de totós em cima de bicicletas vestidos à pro a conduzir desaustinados pela estrada e berma acima, empacando todas as possibilidades do tráfego normal de fim-de-semana escoar dentro da normalidade.



Assim, uma viagem que duraria no máximo 1 horinha, demorou 2 e mais o estresse.



Bom, passada que estava esta etapa, chegámos à fase, quanto a mim, pior que é, vá, os 42 ºC à sombra que se faziam sentir dentro e fora da igreja. Fiz o meu melhor ar de lady para, passado 1h15m de missa não estar empapada em transpiração, com o rímel a escorrer pelas maçãs do rosto.



Consegui mais ou menos. O pior era mesmo homens vestidos de fato e gravata. Coitados.



Bom...lá se baptizou a S.. Fomos para mais um infernal cortejo até ao Copo-de-Água (não sei se é assim que se chama para Baptizados, mas vocês percebem que o que eu queria dizer mesmo era o Comes e Bebes).



Chegámos e fomos acolhidos para dentro de uma agradável sala de convívio antiga de monte alentejano a temperaturas decentes. "Ah"- respirei de alívio - "aqui vou ser tão feliz!".



Bom, lá comemos e bebemos e rimos e matámos saudades da família. Já nos tinhamo divertido o suficiente, mas havia que apagar o bolo de baptismo e da Raínha da Festa nem sombras. Tinha adormecido. Dormiu. Dormiu. Dormiu.



Não, não se pode acordar uma criança. Diz que faz mal.



Bom, o que é certo é que às 18h30 estava calor como se não houvesse amanhã.



Agradeci ao senhor que transplantou o AC para as voitures.



Aliás, estar-lhe-ei eternamente grata!








quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Toutes les Gloires de La France


Lisboa é muito bonita. É. Não viveria noutro sítio no mundo. Mentirinha. Viveria, mas poucos aninhos que eu cá sinto muita falta da minha família.


Mas lá tem comparação com Paris? Claro que não.


Em Paris, planície, há bicicletas (até o nome em francês tem mais piada: vélos) que podemos apanhar em qualquer ponto e deixar em qualquer ponto mediante o seu aluguer barato.


Em Lisboa, há 7 colinas que impedem o comum dos mortais de se lançar a essa aventura, para não falar da inexistência dos "corredores verdes" por toda a cidade.


Em Paris, há excelentes restaurantes que funcionam todo o dia e noite. E os empregados são simpáticos a qualquer hora do dia. Ou mesmo da noite.


Em Lisboa, para além do "Fechado" a partir das 23h30, caso esteja aberto, ainda temos de levar com as trombas todos-me-devem-ninguém-me-paga do coitado do empregado mal remunerado que não tem gosto nem formação nenhuma para ali estar.


Em Paris, as esplanadas estão à pinha.


Em Lisboa, com este sol que nos inunda e aquece, as poucas esplanadas que existem e que têm ordem do Papa para assentar arraiais, são povoadas de facto, mas aos fim-de-semana. Durante a semana, ninguém pára para bebericar um copo de vinho do Douro, para degustar um queijinho da serra ou mesmo para relaxar, enquanto se delicia na companhia de um bom amigo, ai desculpem, livro.


Em Paris, as casas, hotéis, restaurantes mais inusitados têm gosto. Ou melhor, quem tem gosto são os seus donos. Gosto na decoração, na produção de ambientes, na identidade nacional do bem-receber ou do reparem como sou melhor. Estão bem enquadrados com o local onde estão inseridos. Até os prédios mais modernos correspondem à traça.


Em Lisboa, há gosto em não fazer coisas típicas. Em fugir do kitsh e do popularucho. Agora aposta-se no design impessoal. Tudo branco com apontamento de côr semeado aqui ou ali.


Em Paris, assisti eu a um pique-nique em plena Place de La Concorde, com milhares de pessoas jovens, homens e mulheres, que carregavam mesas, cadeiras e cestinhos, vestidos de branco dos pés à cabeça.


Em Lisboa, as "mánifes" são coordenadas por insatisfeitos sem ordem.


Em França, o ordenado mínimo são 1300€.


Em Portugal, o ordenado mínimo são 4oo e tal.


Pois, mas não tem necessariamente de ser por aí a diferença.


Em França, todos os cuidados médicos são gratuitos para quem desconta (excluindo a taxa moderadora de euro e tal).


Em Portugal...bom, esqueçam a matéria da saúde.


Em Paris, todos os edifícios estão bem conservados. Há gosto em morar-se na cidade (haja dinheiro também). Todo o recanto tem história, carisma. As pessoas aproveitam o ar que se respira. Têm joie de vivre.


Em Lisboa, os afortunados que se sentam na esplanada ou estão reformados ou são desempregados. Quem trabalha tem que se autoflagelar com jornadas de 11h para mostrar ao patrão que se é esforçado, que se veste a camisola.


Em França, tudo é grandioso. Cada castelo, mesmo privado, foi mantido aberto ao público. Faz parte da história e merece reverência.


Em Portugal, tudo está aos caídos, excepto as excepções, passo o pleonasmo. E logo nós, que conquistámos meio mundo.


A diferença que faz ter Orgulho ou não ter.

O Sole Mio

Sou uma pessoa saudosista por natureza. Sinto saudades de familiares que já não estão entre nós, de amizades que se dissiparam, mas que são um pilar na construção da minha existência, das férias de 3 meses no Algarve. De tantas outras coisas.
Mas esta Saudade de que vos falo é mais profunda. É uma saudade que me nasce no peito sempre que te vais embora. E ainda estás comigo. Tenho pena de adormecer por saber que vou sentir saudade tua durante o nosso sono. E quando cá não estás, tenho vontade de correr a ir ter contigo. Onde quer que tu estejas. Mandar tudo às urtigas e ser Tua.
Sei que tenho de ficar. Sei que tens de ir. Também sei que não queres e que o teu sentido de dever é tão apurado quanto o meu. O sacerdócio do nosso trabalho assim obriga.
Tenho vontade de chorar quando, no rebuliço da manhã, em que me levantei atrasada e de mau humor (porque não estás comigo), recebo uma sms tua que me confessa ao olho, mas que rapidamente passa a sussurro no meu ouvido:
"Bom dia, Amor! Tá um dia lindo e só me apatece dar-te carinho e mimo durante todo o dia. Vou fugir para aí, onde andas? Beijo doce"
E lembro-me que sou Tua antes de ser do Mundo. Que é a ti que te devo o Despertar. Que é por Ti que me levanto. Que é Contigo que me deito. Que são so Teus Braços que me reconfortam do frio e do cansaço. Que é a Luz do teu Amor que me bronzeia o Espírito.
Fazes-me sentir única, especial. Todos os dias. A cada momento.
Não pela Palavra.
Não pelos Sentidos.
Mas Pela Alma.
Sim, tu conheces o Caminho. Aqui dispensas o gps.
Falas-me ao coração com o teu olhar risonho. E olhas com tanta Graça.
Olhas para o lago em Versailles e saltas para um barco a remos, porque instintivamente sabes que era nisso que pensava, e começas a cantar O Sole Mio a plenos pulmões, envergonhando os outros homens por não terem a coragem (eles próprios o afirmaram). E cantas com tanta Graça.
No meio de um cruzeiro-jantar sobre o Sena, levantas-te, arredas-me a cadeira e pegas com cuidado na minha mão para me conduzires à pista de dança. E danças com tanta Graça.
Abrigados no mesmo guarda-chuva, seleccionas uma composição dos jardins de Villandry para ilustrar o teu amor por mim: a do Amor Terno. E explicas-te com tanta Graça.
Levas-me a jantar à Opéra, um jantar que, como outros tantos, jamais esquecerei, e seleccionas uma terrina de Mariscos maior que a mesa. Tudo a que tivémos direito: três tipos de ostras, caracol do mar, búzio, mexilhão, sapateira, santola, lavagante. Já falei na melhor sobremesa de morangos de sempre? E comes com tanta Graça.
Adormeces a respirar no meu pescoço, colado a mim, como se a qualquer momento eu pudesse fugir-te, e sinto o teu corpo relaxar a cada expiração. É aqui que começa a saudade da tua Graça. E da Graça que Deus me concede em ver-te acordado ou a dormir.
Tu nem sentes, mas acordo a meio da noite e passo horas psicológicas em contemplação, velando o teu sono para que nada o possa perturbar. Quando o meu corpo acusa cansaço, pego na tua mão quente debaixo dos lençóis e ela responde, agarrando com firmeza na minha sem que tu, no entanto, pareças ter acordado. E suspiras com tanta Graça.
Quero-te ao meu lado para a Vida. Não há nada que não faça para cumprir este meu propósito.




Che bella cosa e' na giornata 'e sole
n'aria serena doppo na tempesta!
Pe' ll'aria fresca pare già na festa
Che bella cosa e' na giornata 'e sole
Ma n'atu sole,
cchiù bello, oje ne'
'O sole mio
sta 'nfronte a te!
'O sole, 'o sole mio
sta 'nfronte a te!
sta 'nfronte a te!
Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne,
me vene quase 'na malincunia;
sotto 'a fenesta toia restarria
quanno fa notte e 'o sole se ne scenne.
Ma n'atu sole,
cchiù bello, oje ne'
'O sole mio
sta 'nfronte a te!
'O sole, 'o sole mio
sta 'nfronte a te!
sta 'nfronte a te!
Traduzindo...

What a beautiful thing is a sunny day,
The air is serene after a storm
The air's so fresh that it already feels like a celebration
What a beautiful thing is a sunny day
But another sun,
that's brighter still
It's my own sun
that's upon your face!
The sun, my own sun
It's upon your face!
It's upon your face!
When night comes and the sun has gone down,
I almost start feeling melancholy;
I'd stay below your window
When night comes and the sun has gone down.
But another sun,
that's brighter still
It's my own sun
that's upon your face!
The sun, my own sun
It's upon your face!
It's upon your face!