segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Burn After Reading


Eu TINHA de ir ver este filme. Não pelas razões óbvias. Não vou ver um filme só porque entra o George Clooney e o Brad Pitt. A crítica era boa (o que, regra geral, vai em completo desencontro dos meus gostos pessoais). O Pitt fazia figuras tristes. Li num blog qualquer que o Clooney estava velho. E Irmãos Cohen é de ir...


Fui experimentar.


Domingo à tarde, eu e os velhotes todos da Avenida de Roma estávamos a ver o filme, com um eco de Mama Mia lá atrás, sentindo de vez em quando a vibração do metro a passar. É isto que eu gosto nas salas de cinema de Lisboa: uma massagem vibratória incluída no bilhete.


Ora, meu dilectos leitores, não gostei. Estava à espera de um humor mais súbtil. A única cena em que ri foi quando o Malkovich está a aguardar pelo chantagista Pitt no seu carro, a controlar o espelho retrovisor e se vê lá ao fundo, o Pitt a chegar de fato, com a sua bicicleta state of the art, capacete, pastilha e headphones.


Fui a única a rir daquele segundo de fita.


Não gostei.


O filme vai vender, tenho a certeza, mas pelas razões erradas.


PS - E notem, é a primeira vez que me dou ao trabalho de escrever um post sobre um filme que não gostei...é só para vos poupar os 5 eurinhos...


PS 2 - O Malkivitch é um senhor em qualquer porcaria de filme que faça... A comparação tão próxima no mesmo filme, é impressionante, o que só vem corroborar a minha teoria: quando se tem uma cara bonita e um bom six pack, tudo o resto se lhes desculpa, aos actores masculinos...incluindo a falta de talento.




2 Paradigma(s) do Outro:

Anónimo disse...

Os Coen é de ir sim sra...

Já nem me lembro a última vez que fui ao cinema, e estava a apostar neste filme para o regresso...mas assim com esta opinião de crítica cinematográfica tão desfavorável...

IV disse...

Sim Sr., tem toda a razão, Coen é assim que se escreve...

Fâite attencion, s'il te plait: não me estava a armar em crítica cinematográfica. Odeio essa espécie. Nunca concordo. Só que para me fazer rir, é preciso mais que aquilo. E para me fazer chorar, é preciso mais que aquilo. E para me fazer gostar, é preciso muito mais que aquilo.

Ide ver e "comprobainde" por você mesmo! Depois diga-me de sua justiça.