quinta-feira, 29 de maio de 2008

Resultados


Hoje é o meu penúltimo dia neste emprego.


Há quase 4 anos que cá trabalho e sei que vou sentir muitas saudades, não do trabalho em si, mas de algumas amizades que nasceram e floresceram aqui. E do tanto que aprendi.


Mas há que sair da "gaiola dourada", parafraseando SC, e ver outras faces da mesma realidade. Crescer.


Este é, para mim, um ano repelto de mudanças. Aprendi que nem sempre temos aquilo que queremos no momento em que mais desejamos, mas, como Bono diz em Beautiful Day (not at all my favourite):
What you don´t have you don't need it now
what you don't know you can feel somehow.


Mas pelos vistos lá em cima chegaram algumas das minhas preces:


Prece # 1 - Paz Interior

Prece # 2 - Rock in Rio no dia 6 (woohoo)

Prece # 3 - Companhia deliciosa para o Rock in Rio (Joãozinho, tu aguenta-me essa coluna, porque vou literalmente saltar-te para a espinha, e que Deus me perdoe esta brejeirice)

Prece # 4 - Conhecer outras pessoas e sonhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar


E por causa disso, hoje sou uma pessoa tão diferente. Completa. Segura.


Contudo, ainda há tanto que irá mudar, tudo menos, e parafareaseando uma vez mais frases típicas de grandes amigos, opá, o ter tanto Amor para dar...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Rock in Rio


Ladies and Gentlemen, ele há dias de sorte!


Recebi uma sms da responsável pelo sistema de uma empresa que costumo auditar todos os anos e que rezava assim:


"Olá, desta vez não é trabalho. A XPTO gostava de lhe oferecer um bilhete duplo para o Rock in Rio. Peço-lhes que me enviem duas datas alternativas identificando a vossa preferencia. AM"


Woohoo, foi o grito de resposta!


Claro que fui imediatamente ver o cartaz, porque a esta altura do campeonato não sei como vai andar a minha vida por estas alturas. Escolhi duas datas: 31 (Skank e Alanis Morissette) e 6 (Muse, Linkin Park, Clã, Buraka Som Sistema, Offspring, Kaiser Chiefs e Orishas)...


E como duvido muito que a Ami venha mesmo...


Oh God, let it be the sixth...


Eu VOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUUUUU


Nota: Só não sei é com quem?!?!?


sexta-feira, 9 de maio de 2008

My Blueberry Nights



Corte Inglês, 21h30m. Cheguei antes, como sempre e, para adiantar serviço, dirigi-me à bilheteira e comprei dois bilhetes (para variar). Esperei, andando em círculos no local combinado. Nunca mais chegava. Senti-me observada. Quando ela finalmente deu o ar de sua graça, comecei a questioná-la se seria das meias de riscas horizontais coloridas. Respondeu-me segura que não. Sou eu que sou vistosa. Mas como? Estive a trabalhar às 21h10m, pelo que se havia dia em que nunca poderia estar vistosa seria ontem. É comovente constatar que as pessoas que nos gostam nos vêem com olhos plenos de generosidade.

Jantámos um frugal conjunto de alimentos. Dirigimo-nos à sala e já tinha começado aquele que seria um dos mais belos filmes que já vi.

A fotografia é espantosamente "indie". Estranho é ver um filme diferente com actores populares. Um desfile de celebridades, se não vejamos: Jude Law (até meticulosamente despenteado, ranhoso e vestido à freak consegue fazer sobressaír o seu talento da sua infindável beleza física), Rachel Weiss (para mim, uma das actrizes mais sensuais de todos os tempos, vá pronto, a seguir à Sofia Loren, já que ninguém bate esse Mulherão, nem aos 80 anos), Natalie Portman (uma das minhas actrizes favoritas, com o melhor sotaque sulista) e a angelical Norah Jones (cuja banda sonora arrepia de tão adequada e cuja prestação como leading actress surpreendeu pela franqueza da interpretação de um papel que podia ser a história da sua própria vida).

Nem dei pelo tempo passar. Adorei cada milímetro de fita. Amei a companhia. E aprendi que podemos estacionar no parque porque é gratuito para quem apresenta o bilhete de cinema. Nunca mais estaciono no sítio do costume, ainda por cima aquilo agora está em obras e à noite assusta um bocadinho.

Obrigada por me teres ido levar ao carro. Obrigada por teres adivinhado que queria mesmo ir ver esse filme e que não teria companhia tão cedo.

Obrigada por me deixares partilhar contigo um segredo antigo.

I wish I could be trustworthy to you too.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Desenamorar-se...


O espelho do compasso de um coração desenamorado.


Parece triste para alguns, o viver sem aquela chamazinha interior que parece "arder sem se ver". Parecia para mim, pelo menos. A maior tristeza de todas. Mais triste até que a própria Morte. Porque as pessoas que morrem estão seguramente naquela paz infinita que nós, os vivos, jamais conseguiremos almejar. A sua alma vive. Viverá sempre. E isso é um conforto para nós que ficamos nesta luta, mas que nos sentimos abraçados e acarinhados por essas mesmas almas que amamos.


A tristeza infinita, o fogo desse Inferno interior, foi o de ter provado a outra parte da minh'alma e o anticlimax de a ter perdido, como areia fina e branca entre os dedos. E o de não ter conhecido a culpa, nem o culpado a quem julgar e executar a pena capital, para vingar o ter perdido para sempre a quem mais quis na vida.


Vivi esta solidão intensamente. Vivi cada segundo de vida na esperança de que aquele farrapo d'alma se recompusesse e num ápice, retornaria à consciência última. E retornaria a uns braços cansados de estarem erguidos à sua procura, à sua espera há uma eternidade. Mas estariam para sempre abertos. Cansados mas orgulhosamente abertos. A minha cruz sem pregos. A cruz da vontade. A cruz da Fé.


Um dia acordei interiormente. Procurei os braços. Não estavam exaustos mas inteiros. Meus e de mais ninguém. O cansaço da (des)esperança dissipara-se sem que desse conta? O coração que pulsara em trabalhos forçados teria sucumbido? Ter-me-ia habituado às correntes que agora não mais sentia? Estariam ainda lá? E esta Paz? Meu Deus, que é este respirar a plenos pulmões? Que é esta ausência de pensamentos vocacionados à sua alma?


Sou Eu! Sou Eu também! E que bom que é ser-se Livre.


Que bom que é acordar uma Alma que entende que o Amor Incondicional vive por si, criado e nutrido pelo Eu e não por causa do Outro. Esse Amor existe porque o Eu tem a capacidade infinita de O sentir. O Outro é um mero alvo. Nada tem de tão extraordinário e insubstituível.


É meu. O Amor é mEu.



segunda-feira, 5 de maio de 2008

FDS ecléctico


Parece que a palavra "ecléctico" está muito na moda. Ora vamos lá explorar o conceito:


ecléctico adj. s. m.

ecléctico do Gr. eklektikós, que escolhe

adj.,
relativo ao eclectismo;

s. m.,
partidário do eclectismo.


eclectismo s. m.


eclectismo






do Gr. eklektimós

s. m., Filos.,
tendência filosófica que resulta, em geral, do conflito de culturas e do embate de ideias, e que leva a escolher em cada sistema o que parece mais consentâneo com a verdade;

doutrina que se caracteriza pelas infiltrações de outros sistemas filosóficos e pela falta de originalidade e de coesão.



Portanto, quer isto dizer que, quando se fala num gosto de muito ecléctico, significa que, no fundo, é tudo uma verdadeira salganhada. Ou seja, não tem preferência nenhuma e goes with the flow.




E assim foi o meu fds. Começa na sexta com um jantar espectacular cozinhado pelo meu querido A. Nunca pensei que um homem aparentemente normal cozinhasse tão bem. Uma das minhas sobremesas preferidas: fondant de chocolate, acompanhado de morangos e gelado de nata. Excelente companhia, ou não fosse o pessoal de Minas o meu Pessoal do Verão. Fartei-me de rir. À gargalhada...há muito que não ria assim! Tive vontade foi de chorar quando me apercebi da asneirada que fiz sem pensar...mas haverá tempo para as tréguas...




No sábado, dormi que nem uma perdida, almocei com os Pais e fui espreitar uma casa para as bandas da Expo que há muito me intrigava. A melhor vista! Fiquei completamente convencida. Maybe one sweet day... Depois disto, nada como uma bela sessão de compras...o vestido mais giro do Verão...espero poder usá-lo muitas e muitas vezes, naquelas noites em que saímos de casa à confiança, isto é, sem casaco, e com o cabelo ainda molhado para jantar ou para um passeio nocturno pela praia, que geralmente acaba comigo a tomar banho ao luar... e a gritar de felicidade!


Sábado à noite, uma sessão de séries e cinema na companhia da minha Luna louca!


Domingo: levantar cedo para a missa por intenção do Primo M. Fazia 10 anos que se foi. Almoço de Dia da Mom no Porto Alto, numa das minhas marisqueiras preferidas. Tarde completamente perdida. Noite em casa para mais um episódio da Anatomia de Grey.


Como vêem, uma autêntica salganhada. Mais ecléctico não podia ser...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Mercy - Duffy