quarta-feira, 26 de março de 2008

Socorro...



...mais 5 minutos e eu apaixonava-me pelo Veterinário!





Conheço G desde que nos encontrámos numa prova de triatlo para os lados de Peniche. Fomos fazer de cheerleaders para apoiar o nosso Grande Triatleta Federado JS...há práí uns 3 anos! Ele não participou devido a uma lesão qualquer...já não me recordo ao certo!





Entretanto, vamo-nos vendo por ocasião dos aniversários dos amigos comuns ou quando há provas, como a Corrida do Tejo ou da Ponte, onde os comuns mortais (como eu) se podem misturar aos atletas (como eles)!!!





Ajudei a SC a comprar o vestido para o casamento dele. Ah, e a SS a ir buscar as sandálias. Ah, e a RR a escolher qual o vestido da AF que iria usar... e os sapatos! Enfim, fui conivente com o seu próprio casamento...agora é a parte em que eu corto os pulsos!





Outra vez houve em que nos encontrámos no velório do avô da SC. Dessa feita, conheci finalmente a Sortuda I. Linda. Olhos azuis. Tão mosquinha morta...





Pensei:


-[Pois claro, os opostos atraem-se...]





Na última corrida, combinámos, G e eu, em encontrarmo-nos no Hospital no dia do reforço das vacinas da Luna.





Ontem, lá a levei.





À hora certa, chamou-me ele próprio (none of his assistants). Pegou gentilmente no transportador e pesou-a (engordou um quilo, a maluca). Falámos. Rimos tanto. Descobriu-lhe uma otite. Vacinou-a contra o Felv com uma perícia impressionante. Achou-lhe muita piada, à Luna (ele não aprecia de sobremaneira o género felino). Tirou-lhe sangue para o hemograma. Marcámos a histerectomia (a maior crueldade que lhe podia fazer, mas é em nome da prevenção de cancro mamário).





Chamou-me para ver ao miscrospcópio, como curiosidade amongst peer scientists, o ácaro responsável pela otite da minha bebé...um horror de bicho, cheio de braços, mais ou menos como uma sapateira transparente e mais alongada. Havia pessoas a tirar fotos à imagem do microscópio. Caricata, a cena.





A consulta de rotina demorou uma hora, quando podia ter sido de apenas 15 minutinhos.





Uma hora e cinco e tinha sido o meu fim...





...homens impossíveis really is my middle name...



segunda-feira, 24 de março de 2008

VII Triatlo Carlos Gravata


É com imenso orgulho que aqui deixo aos meus compinchas atletas uma sugestão para o próximo fds: o VII Triatlo de Quarteira, agora chamado Carlos Gravata.


Carlos Filipe Gravata era o maior desportista que conheci. E conheci-o bem: era meu primo. Fiquei surpreendida quando vi um placard com o seu nome. Nunca pensei que lhe concedessem tamanha honra.


Faleceu inesperadamente num acidente vascular com a vida quase toda pela frente. Deixou a sua tão linda mulher Teresa e os dois miúdos com sede de mais...E a sua tão amada terra banhada em lágrimas.


Aqui fica o link da Federação de Triatlo de Portugal e da Câmara Municipal de Loulé.


Saudações desportivas e Saudades Muitas wherever you are...

Férias da Páscoa


Em tempos idos, as tão esperadas Férias da Páscoa significavam para mim os primeiros dias de praia do ano, os quilos de chocolate que os meus Padrinhos me ofereciam, o partilhar o pão alentejano com a minha família, as ervilhas com ovos [escalfados] no Domingo de Páscoa...


Enfim, duas das melhores semanas do ano. E depois, o início do 3º período, para fazer o sprint final do "trabalhar para a média". Sempre fui muito moderna: gestão por objectivos!


Este ano, passei a Páscoa mais atípica, se não vejamos:


* Sim senhor, fui para o Algarve com os meus Pais, tal qual quando era adolescente: no banco do pendura (que eu enjoo a menos que vá a conduzir), a ouvir música e a não ligar nenhuma à conversa dos crescidos;


* Em chegando lá, arrumei a parca bagagem que levei no meu quarto de duas camas de solteiro, li duas páginas do "Kafka à beira-mar" de Haruki Murakami (by the way, ando a descobrir um gosto que nunca pensei que viesse a ter pela cultura nipónica) já devidamente instalada no interior do meu paraíso (a cama do Algarve) e enveredei por uma noite de sono vazio de sonhos (coisa rara e nunca antes vista em mim, mas o que é que querem? A pdi muda tudo)...


* Acordei com ganas de ir correr, mas estava um calor tão grande que, a menos que eu estivesse com vontade de passar um diazinho a hidratar no Centro de Saúde de Loulé com NaCl (soro, para os menos "científicos"), o melhor era fazer apenas um passeiozinho à beira-mar e aproveitar a magia do sol...


* Ah, mas antes disso, fui com os Papás tomar o pequeno-almoço à Beira-Mar (a melhor pastelaria do mundo e arredores). O melhor croissant com queijo do planeta e a melhor meia-de-leite da Via Láctea. Eis se não quando a minha Prima R gravidíssima e seus respectivos marido R e filho V nos encontram. Vinham ao mesmo que nós... Uma surpresa! Anos houve em que a primeira que acordasse ia acordar a outra e tomávamos o pequeno-almoço juntas, R e eu, mas ou na cozinha dos meus Tios ou na nossa, todas desgrenhadas, de pijama e doidas para pôr a escrita em dia. Depois iamos brincar ou, mais tarde, despachar para ir à praia estrear os bikinis novos...


* A família resumiu-se a nós os 3. A Mana optou por descansar em Lisboa e eu bem compreendo a logística que é preciso para levar marido e filhos para uma casa que não foi pensada de todo para albergar crianças...


* Passei muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito tempo a ler. É tão bom! Chamo-lhe a Entremeada: duas horinhas de leitura, meia horinha de sesta, deitada na cama da Mana que apanha aquele solinho toda a santa tarde...


* Finalmente, acabou a minha quaresma à míngua de chocolate e carne. Devo confessar que a carne é que me custou. Há dias em que estamos tão, mas tão, mas tão em baixo, que só um belo de um bife com molhanga e batatonga fritti fritti fritti (Benini, in La Vita è bella) nos conseguiria levantar a moral... Para não falar no chocolate: ver passr à minha frente bolo chiffon de chocolate, chegar à Portela e não poder ir a Centro comer o belo do croissant demolhado em chocolate, chegar a casa e olhar para a tabelete de chocolate que ainda vai a meio (miminho que voou gentilmente da Suiça e que só não se derreteu porque a noite foi demasiado curta para que pudesse saborear todos os prazereres de uma volta tão desejada)...


* Mas pronto, agora já passou! Fi-lo no maior fervor da minha Fé. Só Ele sabe o que me custou, a privação, a penitência. Hoje sinto-me capaz de qualquer outro desafio. Ele sabe que estou à altura. Come what may...


* O caminho de regresso não se pautou por 500 mil km de bicha, como se vaticinava. Fomos sempre pela estrada antiga, entrando na A2 apenas em Pegões. O sucesso de tal manobra, poupou-nos a 12 km de fila e 15€ de portagem. A velocidade média? 100 Km/h...nada mal para estrada... Ah, sem falar na belíssima sande de carne assada do Canal Caveira (o melhor cozido à portuguesa do Universo)...


* Hoje, cá estou, sentada na minha janela sobre a Junqueira, à espera que as sementes que tenho plantado germinem por fim, para o tão merecido sucesso...


Mas porque é que tenho que esperar tanto?


quarta-feira, 19 de março de 2008

Corrida da Ponte


Eram só 8 Km! Sem subidas...


Estava calor. Nunca pensei que, olhando para baixo na grelha da ponte, se vissem pedras...tive vertigens pela primeira vez na vida!


Corri como se não houvesse amanhã. Descobri que me tinha esquecido de levar o receptor para o iPod. Resultado: não monitorizei a corrida, mas acho que não fiz um mau tempo, apesar de tudo!


Com tanta ultrapassagem a pessoas que vão para lá andar e não se chegam para um dos lados para não importunar quem realmente corre..."Raistaparta" para esta gente. Porque é que não ficaram na caminha a dormir descansadinhos, hum?


É esquisito andar a correr no meio da rua onde passamos sempre de carro. É esquisito passarmos ao pé do nosso trabalho mas a pé!!!


Quem corre por gosto, não cansa...not!!!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Agir contra o Sentir


Há quase um ano que sinto que A me olha com aquele olhar brilhante que nos faz sentir especiais e únicas.


Sinto-o. Sei-o. À parte os momentos em que estamos em grupo e em que ele tenta disfarçar, torna-se ainda mais evidente. Quando estamos sós temos conversas muito profundas sobre sentimentos confusos com os quais não sabemos lidar. Vamos lidando e aprendendo. Parece uma pessoa diferente quando estamos juntos.


É uma pessoa extremamente simpática ao primeiro contacto, daquelas que constantemente exibe um sorriso de dentes perfeitos e alvos. É um apaixonado por desportos ao ar livre, de preferência radicais. Conduz sem pressas e educadamente, como quem não tem nada a provar a ninguém. Aprecio isso.


Tem uma filha linda mas selvagem. A única. A preferida.


Chamo-lhe carinhosamente o "toca e foge". Nuns meses, enche-se de coragem, quase sangra, e timidamente convida-me para um programa a dois. Vou aceitando umas vezes, recusando outras. Hoje vamos ao cinema.


O cinema é um convite que em termos de relações amorosas apresenta alguma criticidade. Para mim, é quase uma prova de fogo.


Já que ele convidou, dei-me ao trabalho de procurar vários filmes em várias salas de cinema de Lisboa, perto de nossa casa. Sim, é meu vizinho. Sempre que estou doente, oferece-se para me fazer um cházinho, ir à farmácia, levar-me ao hospital. É (ou aparenta ser, que isto com os homens nunca se sabe ao certo) o que se pode chamar de "um querido".


Anyway, tive o cuidado de escolher diferentes tipos de filme e diferentes realizadores. Pedi-lhe que escolhesse. Coloquei estrategicamente disfarçados na ordem do e-mail os dois que mais gostava de ver "Sweeney Todd" e "PS I love you". Ele escolheu "Duas Irmãs, um Rei" e acrescentou que os últimos não lhe diziam muito. Honestamente, não esperava outra coisa. Por isso, não houve lugar à desilusão. Encolhi os ombros e pensei "Que seja!".


Ora bem, minhas caras amigas, leitoras e confidentes, como é que querem que realmente me apaixone por um homem que na sua essência não entende a beleza de um filme como os do Burton? Não sei se me entendem. Talvez nunca entendam.


Não é o Burton que está em causa. Nem os gostos de cada um. É o demonstrarem ser "carneiros", vítimas da globalização. E não serem suficientemente humildes para se deixarem levar cegamente para outras realidades. Outros acordes. Outras emoções. Há dias que faz bem ir ao cinema para as cócegas. Mas Cinema? Cinema é outra coisa. Cinema é uma prova de fogo na minha teia.


Aquilo que quero dizer é que só conheço duas maneiras de estar com alguém: ou me apaixono ou aprendo a gostar. Visto que a primeira não aconteceu (sabe-se lá porquê, mas não há espaço no meu coração para amar loucamente duas pessoas ao mesmo tempo) e a segunda não é coisa com a qual me contente (não sou pessoa de me conformar), como é que têm a coragem de me dizer ainda assim que tenho que fazer um esforço e sair e conhecer e ir namorando e ir beliscando, que é um desperdício o estar sozinha, que não entendem, que eu sou mas é teimosa. Talvez no fundo, achem que me sobrevalorizo, que não desço do pedestal para fazer o que o comum dos mortais faz. Talvez até pensem que não passo de uma convencida.


Minhas amigas, não tenho feitio para perder o meu precioso tempo e para cometer a maldade de fazer perder o tempo às pessoas, para as enganar, desiludir.


Minhas Queridas, uma premissa: não me apaixono facilmente. Não é por qualquer um. Não há fio condutor entre eles. Cada um é mais diferente do anterior. Não, talvez até haja um fio condutor: o da anormalidade, no sentido de diferente da norma. O da excentricidade. O da extroversão (por vezes apenas aparente). Mas cada um tem uma marca. Uma marca forte, como que uma cicatriz na testa em forma de relâmpago. Uma marca que eu reconheço instantaneamente sem nunca ter trocado palavra. Uma marca que guia todos os meus passos.


E sim, sou Intuição. Há quem diga até que é um desperdício uma mulher tão inteligente (dizem eles, que eu engano bem) usar tão pouco a cabeça. Não sou mais frágil por isso. Não me sinto menor por causa disso. Muito pelo contrário, orgulho-me por viver segundo paradigmas que não se vêem, não se deduzem, não se provam, não se sustentam, não se demonstram como teoremas e corolários.


Aprendemos que é a racionalidade que nos distingue dos demais animais. O polegar oponível. Sermos os únicos mamíferos que caminham erectos.


Cá para mim, they're all wrong. Há muito por desvelar neste mundo mas que ainda não foi provado. A beleza da coisa reside precisamente aí. Quando se provar que afinal somos mesmo alminhas que vão habitando corpos sucessivos ou que quando morremos a nossa alma vagueia junto de quem mais amamos (mortos ou vivos), os fenómenos extrasensoriais serão apenas e só mesmo isso: fenómenos quantificáveis.


Hoje vou ao cinema numa tentativa forçada de me contentar. Irei agir contra o sentir. Chegarei deprimida a casa. Com vontade de chorar. Humilhada. Tudo isto apenas para vos dar o benefício da dúvida...How's that for a humble attitude?


...para mais uma vez chegar à conclusão que o que é bom para vocês não funciona comigo...


Honestamente, espero estar tão enganada; A tem tudo para ser O Companheiro.


Mas porque é que não é?






quarta-feira, 12 de março de 2008

Nervos em franja


Hoje estou assim, com os nervos em franja, como se costuma dizer...


Acordei inquieta, com uma sensação enorme de cansaço e percebi logo porquê: é que esta noite vou dar aulas a um curso de mestrado num conceituado instituto de ensino público de Lisboa e não sei se estarei à altura de tamanho desafio:


# 1 - Estou habituada a públicos da minha área: estes são quase todos financeiros/economistas e não estou certa de falarmos a mesma língua.


# 2 - São cerca de 19 pessoas, todas elas muito diversificadas no que toca à idade...ao menos se fossem todos da mesma faixa etária seria mais fácil adequar o discurso.


# 3 - Tenho uma mega almofada de exercícios para fazermos mas ainda assim tenho receio que sobre tempo...são 4 horas todas as quartas até finais de Abril...


# 4 - A primeira impressão é sempre a que conta! E hoje não estou nos meus dias de Inês Comunicativa...hoje apetecia-me mesmo era um cházinho e um bom filme na companhia da minha Luna!


Anyway, amanhã conto a aventura, mas que hoje não tá fácil, não tá...

terça-feira, 11 de março de 2008

Louvor à Coragem de C


- Oh, Ricardo, epá, desculpa lá, mas eu tenho de te dar dois beijinhos!

- [deve ter oferecido a face para ser osculado]

- Sou tua fã!

- Deixa lá, que isso passa-te!

- Talvez, quando fizeres alguma coisa má...

...


E sim, acredito piamente que ele deve ser bem mais giro ao vivo e a cores...mas há uma aura que me atrai nele, mais ainda que apenas a beleza física inegável, é um facto, embora he's just not my type: a sua soberba cultura, as bases sobre as quais ele ganha alento para ridicularizar, estereotipar e sobretudo, a capacidade aparentemente natural de se colocar humildemente na posição do palerma que finge que não sabe o que disse e o que fez para merecer tamanha admiração por parte do público.


Diria até que faz precisamente o contrário de Herman, que sempre foi o ícone do humor em Portugal, até ao dia em que, do alto da sua presunção, assumiu uma posição de Intocável. O povo português não gosta de snobs armados ao pingarelho. O povo gosta é da falsa modéstia.


Eu cá sempre amei tudo o que ele fazia, até ao dia em que começou a insistir nos talk shows da treta... Faz parte da minha infância e adolescência: quantas passagens de ano não nos acompanhou? Quem não se lembra da Pensão Estrelinha? Quantas deixas não sei eu de cor do Casino Royal ou do Tal Canal?


- Cáchuchô, us méux jáquinzíniós!

- Vá pra casa da mamã!

- Não és cápáx dê dizér issó quinientás vêzêx!

- Vá pra casa da mamã!

- Um...

- Vá pra casa da mamã!

- Dóix...

...

- Vá pra casa da mamã!

- Quatrrrroceintõx e nôventá e nóvé...



Enfim, Ricardo é de momento um fenómeno de massas (eu incluída, infelizmente, que eu cá odeio grupos, manadas, enxames, carneiradas). Temo pelo seu futuro e pela sua capacidade de se reinventar, quando os formatos já estiverem mais que esgotados, inférteis.


But, I hope I'm all wrong! Long live...


Aqui ficam uns quantos links para apreciar a face oculta e a face visível:















segunda-feira, 10 de março de 2008

Concerto dos Cure


Oh, Meu Deus...como é que o Rob aguenta 03h30m a cantar, a tocar e a dançar? Ainda? Com aquela idade? Serão mesmo os célebres comprimidinhos ou será playback? Impossível.


Eu cá acho que a experiência, vá, pronto, e o talento, ditam o sucesso. Um espectáculo de concerto. Um baile de gogós, vulgo Góticos e pessoas da minha idade ou mais velhas (vá lá, que ultimamente sinto-me uma cota nos concertos a que vou)...


Foi bom para relembrar os bons velhos tempos em que também eu pertencia ao dark side.


Foi bom para relembrar todas aquelas músicas que faziam parte do nosso repertório de concertos ao luar na guitarra e que entraram neste alinhamento fabuloso (Lovesong, Pictures of You, Lullaby, Friday I'm In Love, Just Like Heaven, Never Enough, Boys Don't Cry, Why Can't I Be You?).


Foi bom para conhecer uma homónima de quem muito ouvia falar e que me surpreendeu pela sua enorme simpatia (ou seria empatia?!?)...ela ficou com pena de não se ter deliciado com o Catch e eu com pena de não ter ouvido The 13th... Para o próximo concerto a que formos, prometo que vou aprender a assobiar como ela...é o meu sonho!


Foi bom para espairecer e para ganhar uma dor nas cruzes de tanto dançar, pular e gritar.


Foi muito muito bom!!!


Fotos?!? Só prá semana, quando vier o cabo!