segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

31


Este é o meu 31º post. Coincidência feliz.


Para aqui deixar aos meus ouvintes uma palavra de Esperança.


Good things come to those who wait.




sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

As surpresas são o sal da vida


A próximidade entre as pessoas instaurou-se em simultâneo com a banalização das telecomunicações. E a rapidez do mundo em que vivemos desculpa tudo: o mau português, as abreviaturas, os mal entendidos, os amigos que não conhecemos mas que residem do lado de lá do Messenger, do hi5, do Google Talk.
E eu resisiti muito e durante muito tempo. O telemóvel foi inevitável. Cedi a uma ligeira pressão familiar que colocou nos pratos da balança:
- Ou carro e telemóvel ou nada!
- Pronto. Mas só para receber chamadas.

Um amor imenso que vivi e que se iniciou numas belas férias de Verão, obrigou-me a ceder à minha resistência em enviar sms. "Eu cá sou rapariga de carta", dizia eu. Verguei-me. Até hoje guardo, in my little black book, o rico conteúdo daquelas sms que me despertaram esse amor e a Fé no senhor meu Deus. Ah, mas também recebi uma carta...em 3 anos. Foi uma pequena vitória! Pronto, muito pequena.

Entretando já galguei muito caminho. Primeiro o mIRC, depois o msn, seguido do hi5 e, por último, o Google Talk e o sKype.
Mas por Deus, sempre conversei com pessoas que conhecia na vida real. Até ao dia.
O dia chegou em que, no hi5, um poema lindíssimo "Juntar-me tanto a ti" me foi enviado que reza assim:
«Juntar-me tanto a ti que és de meu sonho origem
E em mil segredos ternos,
Saber que no calor desse teu corpo virgem
Floriam meus invernos.

Ir-te dizer ao ouvido: “-Escuta, eu sou escravo
Mais triste que um refém;
Pois quando meu olhar nesse teu rosto cravo
Não vejo mais ninguém.”.
Sentir-me ao pé de ti subida labareda...
Sentir-me tão feliz
E ouvir romances sãos que o coração segreda
E a boca nunca diz.

Saber que posso andar p’lo mundo, senda em senda,
P’la terra e p’lo céu
E nunca encontrarei um rosto que me prenda
Como esse me prendeu.

Gostava de apertar-te ao peito, tanto, tanto
Numa afeição tão quente
Que, quando os corações batessem, por encanto,
Parecessem um somente.
Gostava de roubar a graça que levas
No rosto encantador,
P’ra ver se na minha alma que se embrulha em trevas
Havia mais fulgor.

Gostava de roubar os risos tão dispersos
Da tua boca em prece
E com eles compôr os mais sonoros versos
Dos versos que fizesse.

Quando me chego a ti e num arfar escuto
A voz que de ti parte,
Bate o meu coração duzentas por minuto
Num rútilo rebate.
Meu Deus, irei deixar o amor a que ando preso?
Porque me feres tanto?
Eu quase o idolatro, eu quase que lhe rezo
Como se reza a um santo.
Que fome tem o olhar! Vê-te sorrir e, à pressa,
Que encantos ele come! Que refeição frugal!
Porém, quando regressa
Já vem cheio de fome.

Quando eu me for sentar à beira da ilusão
Dirás lugubremente:
“-Por mim rasteja ali um pobre coração
Cansado e tão doente.”. »

Procurei por toda a parte e não encontrei o autor. Nunca tinha sido publicado. Era do Tio da Alma que me enviou este e outros tantos poemas feitos de uma sensibilidade atroz. Aqui confesso: não consegui conter as lágrimas. E é preciso "infinitos mais exércitos" para me descontrolar.

Um verdadeiro amante da nossa língua, da nossa Pátria. Ele e o Tio.

« É um nada Amor que pode tudo,
É um não se entender o avisado,
É um querer ser livre e estar atado,
É um julgar o parvo por sisudo;

É um parar os golpes sem escudo,
É um cuidar que é estar trocado,
É um viver alegre e enfadado,
É não poder falar e não ser mudo;
É um engano claro e mui escuro,
É um não enxergar e estar vendo,
É um julgar por brando ao mais duro;
É um não querer dizer e estar dizendo,
É um no mor perigo estar seguro,
É, por fim, um não sei quê, que não entendo.»

Eis se não quando recebo um exemplar do livro publicado com os poemas do Tio. Foi um dos melhores presentes de Natal jamais recebidos. O livro e a generosidade rasgada desta partilha.

Um alento. Para que continue a rezar e acreditar num Mundo Justo. Bom. Verdadeiro.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Minha Amiga C


- Preciso de ir às compras...

- A que horas e onde?


Cheguei mais cedo e fui fazer tempo à Fnac. De facto, não haverá sítio melhor no mundo para empatar que o mundo dos gadgets, dos filmes e da música.


Primeiro, fui ver se havia um dispositivo bluetooth (e quem me conhece sabe bem que não consigo dizer "bluetooth" sem apontar para o meu dente da frente com a unha do dedo indicador) para ligar ao Desktop do trabalho e sincronizar a informação com o meu bruised and battered mobile.


Depois pensei que não era boa ideia, não pelo preço, mas porque o meu laptop está mesmo a caminho e esse, tem tudo e um par de botas, como se costuma dizer.


Depois, fui ver se havia um carregador de ficha para o meu iPod. Havia. Mas, mais uma vez, o PC vem a caminho. There's no need.


Passando a secção dos gadgets, há a dos filmes. Oh mon dieu de la france, é de perder a cabeça. Andei lá à procura de uns quantos para acrescentar à minha colecção, mas não havia. Como diz a minha querida C "damn it".


Eis que sinto uma vibração no bolso. Estava lá fora à minha espera. Fui dar com ela de costas, agarrada ao varão. Típico. Mal a conheci. Cabelo esticado, blusão de ganga, mas claro, as botas de salto do costume. Fazem-me pensar que tenho um gene feminino deficiente, porque quando vou às compras a última coisa que me apetece é que os pés me doam. Ia de ténis.


Como sempre, a C não comia nada desde o almoço. Típico. Assumi o meu tom maternal e disse-lhe "Mas TENS de comer!!!". Assentiu, obediente. Mas antes fomos ver umas quantas lojas que ficavam pelo caminho. Apetecia-lhe chinês. Ora chinês não temos. Fomos ao mais parecido. Uma rapariga ajudava os clientes da fila a escolher. Precisava mesmo de falar, porque não se calou durante uns bons 10 minutos. E a C a dar-lhe conversa. Desliguei. Foquei a minha atenção na loira que estava à minha frente na fila, a dar-me encontrões com a sua mala da moda (que mais parecia de viagem). Fico irritada quando me encalham com a mala ou implicam com a minha ou se furam demasiado a minha bolha. Body space. Pediu-me desculpa. Vá lá. Loira mas educada. Reparei depois num "megagiraço" que estava mais afastado a olhar para os pratos. Claro. Namorado da loira. Não se estragam duas casas.


Enquanto estavamos na fila e a C me contava os pormenores do seu dia de trabalho, pedimos um Noodles Mix e eu, para variar, o mais arrojado Pad Thai. O sumo, esse foi igual para as duas: banana-laranja. Maravilhoso.


Fomos sentar-nos. Mesa alta. Rimos. Comemos pouco. Discutimos ideias tão opostas que quase se tocavam. Ela precisava de falar. Eu precisava de ouvir. Engraçado. Não consigo ouvir simplesmente sem fazer analogias com as minhas histórias. Chama-se a isso escuta activa. A minha é mesmo hiperactiva. Foram horas de muita partilha. Afinal, precisava eu de falar e ela de ouvir. Compreende-me e não me julga. Não concorda comigo quase nunca em quase nada. Escandaliza-se com as minhas verdades. Mas o respeito que temos pelas ideias da outra, faz-nos ir mais longe no caminho da amizade.


Adoro ouvi-la falar. Diverte-me. Emociona-me. Toca-me. Mas o que eu gosto mais é do que ela diz com o olhar. Com as mãos. Com o nariz. E o sorriso.


Pensei que o meu momento do dia acontecesse assim que chegasse ao quentinho do meu sofá, mas enganei-me...


...o que me aqueceu ontem foste tu...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A Arte em Ser-se Livre


Liberdade, o elo que une todos os meus Eu.


Liberdade do pensar. Que seria de mim se poupasse nas sinapses, se não formasse uma opinião muito própria sobre algo, se um integral triplo não fosse simples de desvendar, se um poema não me fizesse sentido, se não troçasse da estupidez alheia.


Liberdade do sentir. Em mim não há espaço para censura. Tanto sinto que mereço tanto, como sinto que nada mereço. Tão viva me sinto num minuto, para no outro me sentir morta. Tanta saudade sinto, como facilmente me desligo no instante seguinte. E respeito cada tempo meu. Tempo de sentir amor, raiva, perdão, piedade, pena, orgulho.


Liberdade do agir. Nesta dimensão, e dado que as liberdades anteriores dominam, domina também o conceito mais puro de liberdade: termina onde a responsabilidade começa. A acção da liberdade implica assumir cada acto e responder pelos mesmos. Assumo tudo, incluindo aquilo que não sendo fruto do meu agir, aflige o mundo: carrego-o às costas. A culpa. Sempre presente.


Nada pergunto. Mas ouço com os ouvidos do coração o que me querem contar. Nada cobro. Mas recebo cada dádiva como se a recebesse das mãos de Deus. Dou muito de mim. Confiança. Compaixão. Carinho. Mas o mais puro pedaçinho de mim que dou ao Outro é Espaço. Tempo. Liberdade. É a maior demonstração de respeito que podemos ter pelo Outro.


Pela negativa, liberdade é a ausência de submissão, servidão, qualificando a independência. Pela positiva, é autonomia e espontaneidade, qualificando a condição do comportamento humano voluntário e, aproximando o homem de si mesmo, motiva-o na sua auto-estima.


E isso eu tenho de sobra. Conheço o peso do meu valor, a importância das minhas palavras no mundo, a minha graça na vida dos que amo, as cores que dou ao negro, o calor do meu toque. Sei que, profunda ou superficialmente, toco o Outro. Mas toco. E o Outro não será o mesmo depois de mim. A profundidade com que o Outro se sente tocado depende apenas da sua percepção. E esta, por sua vez, altera-se tanto ao longo da vida...


Anos mais tarde, voltam a mim Outros que pensei ter perdido, que pensei não ter marcado, pelo menos não tão profundamente. E rimos de outros tempos. E temos vontade de voltar atrás e mudar a nossa percepção de valor naquela altura. Porque hoje sabemos a importância de ontem e ontem não sabíamos. Nem tinhamos como, pois que não tinhamos vivido tudo. E, como dizia uma irmã e um pensador, "todo o conhecimento genuíno tem origem na experiência directa".


Descartes concorda comigo: age com mais liberdade quem compreende plenamente as alternativas em escolha, porque mais facilmente se escolhe essa alternativa.


E porque quem não vive não conhece, a verdadeira liberdade está em deixar voar para bem longe aquilo que mais se quer. E não esperar que o vento a traga de volta. Se não voltar - mais são as vezes que se perde que as que se ganha - é porque não viveu ainda o suficiente para saber que tem de voltar.


A Verdadeira Maravilha acontece quando o Eu encontra aquilo que procura no Outro (e vice-versa) ao mesmo tempo e ainda nesta vida.


Por isso, Deus nos dá uma outra vida. Para termos tempo de acumular aprendizagem e voltar àquilo a que pertencemos, para o propósito para que fomos criados. Na eternidade.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Xmass


Uma mensagem natalícia a todos os meus caros ouvintes:


Nunca desistam de acreditar.

Acreditem na verdade dos sonhos.

Na bondade do próximo.

Na imensidão do mar.

Na vastidão do deserto.

Nos sentimentos das plantas.


Acreditem que a gasolina vai ser suficiente.

Que o céu é mesmo azul.

Que as nuvens são algodão.

Que os amigos são para a vida.

Que vale a pena ficar mais 5 minutos.

Que cada pessoa é insubstituível.

Que o dinheiro não tem valor.

Que não esqueceram o caminho de casa.

Que vão conseguir!


É tudo uma questão de tempo, persistência, solidão, mas above all, é tudo uma questão de Fé!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Mustapha


Oh Meu Deus, o cão do meu sobrinho Bernardo chama-se Mustapha!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Santos Reis Magos

Este Sábado, pelas 21h, se tudo correr bem, irei estar com os meus dois sobrinhos na Festa de Natal da minha Paróquia, no Campo Grande.

Vou ser muito feliz!

Eu amo os meus bebés!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Todo sobre mi madre


Caros leitores,
Como sabem, sou fã de nuestro hermano Almodóvar. Amo cada centímetro de fita que ele grave, independentemente de passar a "censura" da montagem ou não.
Ele filma como quem vê a cena de dentro, como quem já a viveu interiormente, como quem perde objectividade e, ao mesmo tempo, lhe dá um toque cruel de realidade.
E quem vê com o coração merece todo o meu amor. E quem vê com os olhos da mente merece todo o meu respeito.
Um destes dias, senti que me fazia falta ganhar umas noções de perspectiva. Às vezes, tudo o que precisamos é de subjectivar os nossos "problemas" para percebermos o que realmente importa na vida.
E fui à minha cinemateca pessoal (podia dar-me para pior, no que toca à minha incessante procura pela perspectiva de vida), peguei nos dramalhões todos que lá tinha, espalhei-os sobre o meu tapete vermelho e escolhi este, mas confesso que não me estava nada a apetecer tanto sabor.
Este filme foi-me trazido pela mão por um grande grande amigo que mo ofereceu num aniversário distante, e foi com ele e mais outro, formação inicial do Trio Maravilha da Sexta à Noite, com quem o fui ver ao cinema pela primeira vez.
Saí do cinema arrasada (pior, só com A Paixão de Cristo, em que não consegui articular palavra durante dois dias inteiros).
Nenhuma mãe devia conhecer a dor de perder um filho. Nenhuma mãe devia ver o coração do seu filho transplantado no peito de outro homem ou religião.
Claro que o drama sai aligeirado por uma Agrado. E pelas belas paisagens de Madrid e Barcelona. But it's still a drama!
Todo sobre mi madre toca-me por variadíssimas razões. Porque não tendo perdido um filho, o vi acontecer perto demais. E senti aquelas dores como minhas. E foi um autêntico pesadelo. Um trágico acidente.
Hoje entendo a perda de uma outra maneira, mas naquela altura nada tive a que me agarrar, se não às minhas convicções régua e esquadro de ateia.
O filme veio já em 1999/2000, quando me começava a acostumar com a ideia de que tudo acontece por uma Razão Maior. Naquela altura, foquei a minha atenção no drama da Mãe que perde o Filho num estúpido acidente.
A idade (e tudo o que vivi ever since) mudou a minha perspectiva, até da leitura do filme.
O revisitar da película obrigou-me a olhar mais profundamente para o amor que duas mulheres dedicam ao mesmo homem, no caso, a Lola:
- A mulher madura, amou o homem quando ambos eram jovens e renegou esse amor por sentir amor maior pelo seu recém concebido filho e entender que nunca poderia dar uma vida normal à sua cria. Chama-se a isso, instinto maternal. Prevalece. Só que, mais tarde, sente o chamamento do dever e apresenta o seu filho morto ao pai. O amor transformado em respeito.
- A mulher jovem, amou o mesmo homem já (supostamente) maduro, apesar dos seus impedimentos religiosos, e decide dar vida a uma criança seropositiva, sacrificando a sua própria vida. Mais uma vez, instinto maternal. A Love to Die For... O amor transformado em vida.
Só para contrariar a máxima "De Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos!".

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Destiny


New year's resolution before new year even happens: celebrate my anniversary doing something I've been longing for a long time.

It seems I get to choose my own destiny, so I made up my mind about going abroad for a short brisk trip, and decided that I need a break. Need to nurture the spirit.

I'm going to meet one of the most symbolic cities of the Catholic World...I guess you've already found out which city I'm talking about.

There's a chance (slight, but still a chance) that I might travell alone. Who knows? If that's what's meant to be...

I'm already loving the planning part. When to go, on which airline company, where to stay, what to visit first, what to eat, what to watch, which mass should I attend...

Everything has to be perfect. And it will be, jus as long as God is with me...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Conversas de Café



Ele há conversas de café que têm o condão de mudar a nossa vida. Quer isto dizer que, inexplicavelmente, existem palavras jogadas ao acaso que nos consomem por dentro até que um dia, de tanto a elas retornar, começam a fazer sentido. É a ponta do novelo que se vai puxando e se vai enrolando até formar o novelo. No final, olhando o puzzle construído temos a verdadeira noção of the whole picture.

Hoje dizia-se na mesa do café que penso demais, a propósito de escolhas profissionais. E que aqueles que pensam demais são mais infelizes.

Não estive para contrariar. Na realidade, penso que quem realmente não é feliz é aquele que sente demais. Mas qual é a conta certa? O que é "demais"?

Demais, no dicionário, é um advérbio que significa "além disso"! Mas na vida real, demais é sentirmos que é tanto! Demais é rebentarmos por dentro mas nunca mostrar sequer os sinais de fumo da implosão! Demais, como dizia o meu Vô Zé, é além da conta! Além das matemáticas e racionalidades. Além de nós mesmos. Além do inteligível.

Além...onde parece que posso tocar, onde parece que posso chegar nesta galáxia.

Mas porque é que não chego? Porque é que quanto mais remo mais longe fico do porto? Porque é que pude provar mas não saborear, o pedaço da melhor trufa de chocolate belga, da santola mais carregada de coral, do morango mais carnudo e vermelho, do côco mais suculento, da laranja mais doce e sumarenta do Pomar, da hortelã mais selvagem?

Agora sei.

"It's only when I lose myself to someone else
That I find myself"

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Underwater Love

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Falecer...


Tudo à nossa volta falece se não retivermos a sua memória.


Em momentos de dor, consternação e negação face às perda das Coisas mais preciosas que Deus nos tira, devemos abraçar a esperança de uma outra vida melhor e mais feliz e procurar conforto nos momentos inesquecíveis que nos fizeram amar a Coisa.


O sorriso do reencontro, o olhar transbordante de ternura, a mão segura sobre o nosso ombro soluçante...


Porque a morte é uma separação entre corpo e espírito e não o fim da existência (Tiago 2:26).

terça-feira, 6 de novembro de 2007

I don't like Tuesdays either...


Hoje o mundo caiu-me em cima! Fui autenticamente cilindrada.
Sou Tia. Sou Amiga. Sou Filha. Sou Irmã. Sou Prima. Fui Neta.
Sou Contribuinte. Sou Recenseada. Sou Beneficiária. Sou Utente.
Sou Meiga. Sou Bruta. Sou Radiosa. Sou Depressiva.
Sou Determinada. Sou Audaz. Sou Teimosa. Sou Independente.
Sou Trabalhadora Sou Dependente. Sou Responsável. Sou Céptica.
Sou Crédula. Sou Ingénua. Sou Manipuladora. Sou Matreira.
Sou Crente. Sou Confidente. Sou Amável. Sou Sedutora.
Sou tantas ao mesmo tempo.
Mas sou só uma...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

I don't like mondays...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

The time is now...



You're my last breathe
You're a breathe of fresh air to me
Hi, I'm empty
So tell me you care for me

You're the first thing
And the last thing on my mind
In your arms I feel
Sunshine

On a promise
A day dream yet to come
Time is upon us
Oh but the night is young

Flowers blossom
In the winter time
In your arms I feel
Sunshine

Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last

You may find yourself
Out on a limb for me
Could you expect it as
A part of your destiny

I give all I have
But it's not enough
And my patience is shot
So I'm calling your bluff

Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last

Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment ... last

And we gave it time
All eyes are on the clock
But time takes too much time
Please make the waiting stop

And the atmosphere is charged.
In you I trust.
And I feel no fear as I
Do as I must.

Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last.

Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last

Tempted by fear
And I won't hesitate
The time is now
And I can't wait

I've been empty too long
The time is now
The tender night has gone
And the time has gone
Let's make this moment last
And the night is young
The time is now.
Let's make this moment last.

Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment ... last.


quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Red ´


Vermelho. E não encarnado. Vermelho. Cor de liberdade. Cor de luta. Cor de sangue. Cor de fogo. Fogo que consome. Consumo de Alma. Alma que voa. Voando como pena. Pena leve. A insustentável leveza do ser.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Evening by Lajos Koltai


«The love which binds mother and daughter - seen through the prism of one mother's life as it crests with optimism, navigates a turning point, and ebbs to its close. Overcome by the power of memory, Ann Lord reveals a long-held secret to her concerned daughters; Constance, a content wife and mother, and Nina, a restless single woman. Both are bedside when Ann calls out for the man she loved more than any other. But who is this "Harris," wonder her daughters, and what is he to our mother? While Constance and Nina try to take stock of Ann's life and their own lives, their mother is tended to by a night nurse as she journeys in her mind back to a summer weekend some fifty years before, when she was Ann Grant, a young woman who has come from New York City to be maid of honor at the high-society Newport wedding of her dearest friend from college, Lila Wittenborn. The bride-to-be is jittery, and turns to her maid of honor rather than her own mother for support. Ann stays close to her friend, yet is even closer to Lila's irrepressible brother Buddy. Unexpected feelings surge forth once Ann meets wedding guest Harris Arden, a lifelong friend and intimate of the Wittenborn family. Ann's love for Harris will change her life, and those of her daughters, forever. Written by Focus Features »


"There's no such thing as a mistake". Ainda me assusto com as felizes coincidências. É preciso uma grande dose de sensibilidade para apreciar este filme, um tanto ou quanto parado, mas extremamente rico, em que cada plano enquadra emoções profundas, estados d'alma.


Só não compreenderá quem não vive um grande Amor. "I still remember your stars."

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Bullet Proof...I wish I was (Radiohead)


O maior elogio que alguma vez me fizeram foi dizerem-me que a minha integridade era à prova de bala.


O contexto, embora não abonasse a favor do "Elogiador", deixava transparecer uma certa tensão no conflito iminente. Dois adversários. Um, que lutava pelos direitos dos trabalhadores e, não menos importante, pelo bem-estar da classe mais desfavorecida e o outro, que encobria e conspirava a favor da entidade patronal e nos custos que daí advinham.


Propunham-me uma venda nos olhos e uma assinatura que jurava falso.


Recusei, firme e peremptoriamente. Não tinha quaisquer dúvidas morais. Ganhei a batalha. Estava muito orgulhosa do meu feito e muito certa de que tinha ganho a guerra da Morailidade.


Mas a guerra continuou.


Tudo o que nos acontece na vida tem um sentido se formos suficientemente humildes para sermos permeáveis à aprendizagem que daí decorre. Na vida, a aprendizagem não passa para o nosso Eu por osmose.


Por piada, um grande amigo dizia que a felicidade estava em dormir com o livro debaixo da almofada e acordar iluminado, como se o conhecimento tivesse passado pelo simples toque entre a capa do livro e o escalpe da sua brilhante cabeça.


A aprendizagem, quando é verdadeiramente assimilada como parte da crítica massa cinzenta deixa marcas profundas, as chamadas tatuagens da alma.


A cada dia, os meus dogmas morais estão constantemente a ser ensaiados, com testes de ductibilidade e fadiga. Uns são ensaios destrutivos, outros menos destrutivos, quase sempre edificantes.


E os ensaios da peça que é a nossa vida mais não são que a troca de meras variáveis, condicionantes da grande Equação Moral. O Ser Superior diverte-se a encenar, mexendo, brincando e orquestrando os instrumentos que compõem a sinfonia melódica. Os músicos são as mãos de Deus.


Os instrumentos, esses cortam, suturam, agrafam, infectam. Será que Ele não vê que o hematoma fica também nos seus dedos? Será que ele Vê? Serão os nossos os Seus olhos?


Se os Seus olhos forem um bocadinho dos meus, Ele precisa de um doutor, pois que ultimamente os meus olhos choram torrentes de sangue...


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Closer



I've had enough of this parade.
I'm thinking of the words to say.
We open up unfinished parts,
Broken up, it's only love.

And when I see you then I know it will be next to me
And when I need you then I know you will be there with me
I'll never leave you...

Just need to get closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now,
closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now.

Keep waking up (waking up), without you here (without you here).
Another day (another day), another year (another year).
I seek the truth (seek the truth), we set apart (we set apart)
Second glance, a second chance.

And when I see you then I know it will be next to me
And when I need you then I know you will be there with me
I'll never leave you...

Just need to get closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now,
closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now (lean on me now).

And when I see you then I know it will be next to me
And when I need you then I know you will be there with me
I'll never leave you... just need to get...

Just need to get closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now,
closer, closer,
Lean on me now,
Lean on me now (lean on me now).

closer, closer... closer, closer.


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Corrida do Tejo


Havia já muito tempo em que pensava participar num evento deste género.

Então, inscrevi-me sob nome de código para a Corrida do Tejo, tendo como principal objectivo ficar entre os 7000 melhores (éramos 8500 "atletas", note-se). O segundo grande objectivo, era nunca parar de correr, por mais lenta que fosse a cadência.

Concretizei o segundo objectivo e superei o primeiro: fiquei em 5942º lugar, com direito a medalha e tudo!

Nos meus "treinos" semanais, o máximo que tinha conseguido correr até ontem eram 7,5 Km em plano.

Ontem, venci a altimetria e a distância. Sinto-me bem!

Contudo, apesar de esta ser uma história de concretização pessoal, queria partilhar uma outra história dentro desta.

Nos primeiros quilómetros de corrida, passei por um Atleta muito especial: corria com grande esforço, com a coluna desviada do centro de gravidade para a esquerda, os pés quase a arrastar alcatrão fora, movendo-se em passinhos de gueisha. Era decerto um deficiente mental.

O pior tempo da prova foram 2h08min.

Quero acreditar que o Atleta chegou ao fim e que este foi o tempo que demorou a terminar a odisseia a que se propôs, exemplo vivo de que, por mais ambiciosos ou mesmo impossíveis que pareçam os nossos objectivos, para os atingirmos só precisamos de continuar a acreditar.

A Fé é o alento dos Sonhadores...

Mais informações em www.corridadotejo.com

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Pi r quadrado


Hoje conheci um espaço magnífico, onde estudantes de qualquer idade se sentem à vontade para esclarecer as suas dúvidas, metafísicas ou não.

O espaço convida a um ambiente informal, onde as pessoas são tratadas na segunda pessoa, sem grandes formalismos, por forma a que, também os alunos, se sintam próximos das matérias.

O nome do centro de explicações é (quem me dera conseguir inserir símbolos matemáticos aqui) «Pi érre ao quadrado», nada mais nada menos que a fórmula mágica para o perímetro da circunferência.

Nunca perguntei em honra de quê ou de quem, mas suponho que o gosto pela matemática (ia dizer pelos números, mas a nossa Análise Matemática mais parece uma cadeira da Faculdade de Letras) foi-nos incutido pelo melhor professor que alguma vez tive na Vida: o Prof. Taborda.

A ele, um Bem Haja!

Proporcionou-nos um semestre de prazer no estudo, de convívio entre colegas de turma (e não de curso) e também de uma amizade que ainda hoje perdura, mesmo sem ter sido regada durante anos!

A visita teve direito a almoço "familiar" e a conhecer mais um pouco da vida daqueles que pensei ter deixado para trás.

Engraçado que, quando pensamos ter conhecido quase tudo sobre as pessoas, vimos a descobrir mais 4 ou 5 peças que compõem o puzzle comportamental!

Pa5ra os interessados, aqui fica o link:

http://www.hotfrog.pt/Empresas/PI-R-Quadrado-Centro-de-Explicac-es-Lda

terça-feira, 16 de outubro de 2007

97% parecida com a Scarlett

%1

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Design de Interiores


Queria aproveitar este pequeno espaço de opinião para expressar um bem-haja a iniciativas como a Casa Décor!


Não se aguenta mais o mediatismo da Intercasa com a sua Casa Ideal, que por algum motivo é a Ideal = Inacessível ao comum mortal, contudo pensada ao milímetro para ser admirada pelo Povo, como o devoto que vai à Pena apenas para prestar culto à cama de dossel da Rainha.


O evento em apreço obriga-nos a enquadrar as ideias do criador na cidade que amamos tanto, acção preventiva para os crimes de urbanismo e de falta de gosto a que assisitimos com frequência.


Há espaço para cultivar os sentidos que mais valorizo (a Visão e o Tacto, tudo o resto, pode Deus levar), para a imaginação, para interpelarmos os criadores junto das suas obras, mas, sobretudo, para Sonhar.


Queria também aproveitar para aqui deixar uma palavra de gratidão pela pessoa que me resgatou, levando-me pela mão a um verdadeiro passeio de sábado.


Para mais informações, por favor consulte o link


sexta-feira, 12 de outubro de 2007

De regresso...

Longo tempo passou desde que a minha mente iniciou as suas lides solitárias, apartada do espírito. A minha criatividade voo como um balão prenho de ar quente que se desprende da mão de uma criança.


Esta semana, esse mesmo espírito, outrora adormecido com a anestesia rotineira do sofrimento, acordou, reanimado com a força motriz inexplicável das memórias. O balão voltou insuflado de um ar abrasador, capaz de levar a criança céu acima, pelo espaço sideral.

Que é como quem diz, PV = nRT (Equação dos gases perfeitos). Ora se a Temperatura aumentou e muito e se n (número de móis, como dizia um amigo do coração) disparou então, dada a relação linear entre estas 5 grandezas, assim aumenta o Volume e a Pressão.

Em mim vive agora o desassossego das moléculas animadas de spins, o que nos leva a uma das leis da termodinâmica: a chamada Teoria do Caos.
Gosto especialmente de pensar que a teoria do caos se aplica a tudo quanto é vivo, seja ele mistura homogénea ou heterogénea, líquida, gasosa ou sólida, bebida, comida, brinquedo, céu e mar.

Voltarei a versar sobre o assunto. Hoje quero apenas que aqui fique a marca dos felizes enganos...para a posteridade.







quarta-feira, 3 de janeiro de 2007



É um lugar comum, sei-o.

Mas os amigos são a família que podemos escolher.

E eu tenho a sorte de pertencer a muitas famílias...

A Amizade é algo que nos constrói.


É no outro que nos revelamos, que vemos espelhadas as nossas melhores qualidades e os nossos maiores defeitos.


É com o outro que crescemos e moldamos partes de nós que anseiam pela mudança.


O Outro, para nos construirmos enquanto pessoas.


Os Outros, para construirmos a Humanidade que almejamos viver.


Nunca subestimar o Poder da Amizade...